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Atualmente, a Via Varejo já permite ao cliente retirar os produtos comprados em lojas das Casas Bahia e do Pontofrio ou em sua plataforma de comércio eletrônico em 43 agências dos Correios em 11 Estados. “Vamos chegar a 540 em maio e devemos atingir a totalidade da malha, com cerca de 6 mil agências, nos próximos três ou quatro meses”, disse à Reuters o diretor-executivo de logística da companhia, Marcelo Lopes.
O planejamento logístico da varejista controlada pelo GPA ainda prevê introduzir nos próximos meses novas alternativas de transporte, visando reduzir o prazo de entrega e o custo, segundo Lopes. “No máximo em dois meses estaremos falando de novos modais de entrega e já poderei dar números de eficiência por bicicleta e Uber”, afirmou o diretor-executivo, ressaltando que parcerias com serviços de transporte urbano por aplicativo estão “bem próximas”.
Paralelamente, a Via Varejo vem acelerando a construção de pequenos galpões em lojas físicas. A empresa já conta com cinco dos chamados ‘mini-hubs’ nas cidades de Mauá (SP), Brasília (DF), Curitiba (PR), Teresina (PI) e Cuiabá (MT). O objetivo é elevar esse número a 70 unidades das Casas Bahia e do Pontofrio até o fim de junho e para 220 até dezembro.
Lopes observou que os resultados obtidos na fase piloto do projeto são satisfatórios, com redução de mais de 80% no prazo de entrega, principalmente em áreas mais afastadas de grandes centros, além de aumento das vendas online.
Em São Paulo e Rio de Janeiro, o prazo para entrega de compras online caiu de dois para um dia, enquanto em outras regiões, como no Piauí, houve redução de 15 para dois dias. “Com algoritmos preditivos e o conhecimento que temos dos mercados online e offline consigo antecipar a demanda futura e abastecer a região de produto antes da venda efetiva”, disse o executivo.
As units da Via Varejo acumulam alta de mais de 13% em 2018.
Os esforços da varejista para acelerar a integração dos canais online e offline e conquistar clientes com prazos e custos de entrega mais baixos surgem em um momento em que o setor acirra a competição e se prepara para uma atuação mais intensa da gigante norte-americana Amazon no mercado brasileiro.