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As negociações dos partidos em torno de alianças para a disputa da Presidência da República em outubro também permanece no radar de investidores.
No cenário externo, o reforço da mensagem de que o banco central dos Estados Unidos manterá o ritmo gradual de aumentos de juros e a ausência de retórica forte no dia sobre disputas comerciais levou o mercado a desarmar algumas posições e permitir a queda do dólar ante o real, explicou José Carlos Amado, operador da corretora Spinelli.
“Abriu um pouco mais em linha com a variação do dólar frente a moedas mais fortes, depois o mercado acabou mudando com os dados norte-americanos, e o Powell, que manteve a mesma conversa de ontem, um certo gradualismo… Trump também está com um tom mais ameno, acabou mudando e o câmbio perdeu força lá fora”, disse.
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Contra uma cesta das seis principais moedas, o dólar subiu para o nível mais alto em três semanas, a 95,4 antes de firmar em torno de 95,11, alta de 0,17%.
Powell reforçou expectativas de que o banco central norte-americano manterá o ritmo gradual de elevação dos juros e elevará a taxa mais duas vezes neste ano.
Operadores também viram sinais de que as autoridades estão confortáveis com o aumento de quase 6% do dólar em relação às divisas rivais nos últimos três meses. Juros elevados têm potencial de atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.
Internamente, a incerteza sobre as eleições presidenciais de outubro davam suporte ao dólar em uma cotação mais alta contra o real, segundo Amado.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.
Com isso, rolou o equivalente a US$ 8,4 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio neste pregão, por enquanto.