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O pedido de demissão acontece depois que a Reuters entrou em contato com o Uber na segunda-feira (9) para falar a respeito da investigação anteriormente não divulgada sobre acusações anônimas de que Liane teria, sistematicamente, rejeitado queixas internas de discriminação racial.
As alegações levantam dúvidas sobre os esforços do presidente-executivo, Dara Khosrowshahi, de mudar a cultura tóxica da empresa depois de assumir o cargo em agosto do ano passado, com a saída do antigo presidente-executivo Travis Kalanick, na esteira de uma série de escândalos.
Khosrowshahi elogiou Liane em um e-mail enviado aos funcionários e visto pela Reuters, como “incrivelmente talentosa, criativa e trabalhadora”. Ele não apresentou motivo para a saída da executiva.
Liane reconheceu em um e-mail separado para a sua equipe do Uber, a que a Reuters também teve acesso, que sua saída “acontece de forma um pouco repentina para alguns de vocês, mas eu tenho pensado sobre isso há algum tempo”.
Ela também não apresentou o motivo para sua demissão e não respondeu aos pedidos de comentários sobre a investigação.
As alegações contra ela e contra o departamento de recursos humanos do Uber foram feitas mais amplamente por um grupo anônimo que alega ser de funcionários negros do Uber, disseram à Reuters membros do grupo.
Eles alegam que Liane usou linguagem discriminatória e fez comentários depreciativos sobre o chefe global do Uber para diversidade e inclusão, Bernard Coleman, e que ela havia difamado e ameaçado a ex-executiva do Uber Bozoma Saint John, que saiu da empresa em junho.
Bozoma entrou no Uber, vinda da Apple, em junho, mas deixou a empresa apenas uma ano depois para se juntar à Endeavor, controladora de diversas agências de talentos. Ela se recusou a comentar, dizendo à Reuters por telefone: “Eu não tenho nada a dizer sobre minha experiência lá”.
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Coleman, que entrou no Uber em 2017 após liderar as áreas de diversidade e recursos humanos da campanha presidencial de Hillary Clinton de 2016, também se recusou a comentar.