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A gigante chinesa, que recentemente ultrapassou a Apple como segunda fornecedora de smartphones no trimestre encerrado em junho, espera que os embarques para o ano inteiro superem a meta inicial de 180 milhões de unidades, depois de ter enviado mais de 95 milhões de smartphones no primeiro semestre, disse hoje (3) o presidente-executivo Richard Yu.
Ele atribuiu o crescimento às fortes vendas na Europa e na China, reforçadas por produtos premium, como a série p20, que registrou vendas de mais de 9 milhões de unidades desde o seu lançamento há quatro meses.
O mercado chinês é fundamental para a Huawei, que vem sendo bombardeada nos Estados Unidos, na Austrália e em outros países, devido a preocupações de que a empresa poderia facilitar a espionagem do governo chinês, o que ela tem repetidamente negado.
Yu disse que não há nada que a empresa possa fazer a respeito de ser virtualmente excluída do mercado dos Estados Unidos, onde nenhuma grande operadora vende seus smartphones.
Mas o forte crescimento em alguns outros mercados compensou a perda do mercado norte-americano. O grupo de negócios de consumo da Huawei, que inclui as operações de smartphones, registrou um crescimento de receita de 73% na região que compreende a Europa, Oriente Médio e África (Emea) no primeiro semestre. A receita na China cresceu 37%.
Yu se recusou a fornecer os números de receita semestral para o grupo de negócios de consumo da Huawei, mas disse que a unidade deu a maior contribuição para o número, uma tendência que deve continuar. A unidade respondeu por 39,3% da receita total da Huawei em 2017.
A Huawei superou a Apple para se tornar a segunda maior vendedora mundial de smartphones no trimestre de junho, segundo dados de empresas de pesquisa de mercado.
A recuperação da Huawei ocorre no momento em que o mercado chinês de smartphones, o maior do mundo, mostra sinais de maior consolidação para os maiores fornecedores.
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Yu disse que a Huawei conseguiu aumentar sua participação global no mercado premium de smartphones com preço acima de US$ 500 no primeiro semestre, para 16,4%, ante 12,8% há um ano.