LEIA MAIS: Governo arrecada R$ 6,8 bi com venda de 4 blocos do pré-sal
A atuação da estatal brasileira, contudo, foi avaliada por autoridades até como positiva. Isso mostra que país não está mais na dependência de apenas uma empresa, disse o diretor-geral da ANP, Décio Oddone. “Mostra que o setor é muito maior que a Petrobras, por mais importante e simbólica que ela seja”, acrescentou Oddone, destacando que agora o pré-sal terá seis operadoras (Petrobras, Total, BP, Shell, Equinor e Exxon), nas áreas sob regime de partilha.
Vencedores
O consórcio formado pelas petroleiras Shell e Chevron arrematou o bloco Saturno no pré-sal da Bacia de Santos, o primeiro a ser leiloado na licitação realizada pela reguladora ANP no Rio de Janeiro. O lance de Shell/Chevron somou 70,2% de excedente em óleo à União, versus percentual mínimo de 17,54%. A Shell é operadora de consórcio com a Chevron, com cada empresa tendo 50% de participação.
Já o consórcio formado por Exxon Mobil e QPI, do Catar, levou o bloco de Titã no pré-sal da Bacia de Santos, com lance de 23,49% de excedente em óleo à União, versus percentual mínimo de 9,53% — a norte-americana ficou como operadora do consórcio, com 64% de participação.
O consórcio formado pelas companhias BP Energy, Ecopetrol e CNOOC arrematou o bloco de Pau Brasil, também no pré-sal da Bacia de Santos, com lance de 63,79% de excedente em óleo, versus percentual mínimo de 24,82%. A BP Energy, operadora do consórcio vencedor, terá 50%, Ecopetrol, tem 20%, e CNOOC, 30%.
No leilão do pré-sal anterior, realizado em junho, a Petrobras havia reafirmado seu domínio no pré-sal ao bancar lances elevados que garantiram à companhia o status de operadora dos consórcios vencedores nos três blocos que foram negociados.