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Os investidores, no entanto, mantêm as atenções ao cenário externo e ao noticiário político local, após declarações do economista Paulo Guedes, que assumirá um superministério da área econômica no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.
“O mercado de câmbio brasileiro deve ter uma disputa acirrada entre ‘comprados’ (que apostam na alta da moeda) e ‘vendidos’ (apostam na baixa)”, disse o diretor da NGO Câmbio Sidney Nehme, explicando que há cerca de US$ 39 bilhões a vencer em cada lado.
A taxa Ptax de final de mês é usada para corrigir diversos contratos de derivativos cambiais.
Segundo Nehme, no entanto, a moeda deve continuar oscilando ao redor dos R$ 3,70 “muito provavelmente até o 1º trimestre de 2019, visto que a transição governamental está somente sendo iniciada”.
Na véspera, as notícias do âmbito político acabaram pressionando o dólar para baixo ante o real, sobretudo a intenção do novo governo de tentar aprovar a reforma da Previdência ainda no governo de Michel Temer.
Guedes falou ainda sobre a independência do Banco Central, da possibilidade de uso de reservas em caso de ataque especulativo ao câmbio e ainda defendeu a continuidade de Ilan Goldfajn à frente do BC, embora isso ainda não esteja definido.
Com a oficialização, nas urnas, do cenário que mais agradava ao mercado, havia alguma expectativa em torno do futuro dos swaps cambiais tradicionais, mas o BC sinalizou na véspera que pretende rolar integralmente o vencimento de dezembro, de US$ 12,217 bilhões.
Na noite da véspera, no entanto, o BC já anunciou para amanhã (1) leilão de 13,6 mil contratos, volume que, se repetido até o final do mês e vendido integralmente, rolará o total de dezembro.
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No exterior, o dólar tinha leve alta ante a cesta de moedas, mantendo-se em sua máxima de 16 meses uma vez que a recuperação das ações globais impulsionavam a demanda pela moeda norte-americana.