LEIA MAIS: Dólar abre em queda de 0,73% ante real
Desta forma, o mercado minimizou não só a pesquisa Datafolha da véspera, que mostrou uma distância menor entre os dois candidatos, como também o cenário externo adverso nesta sessão.
O dólar acumulou perdas ante o real pela sexta semana consecutiva, acumulando, no período, retração de 12,29%.
A sequência de seis quedas semanais se iguala à registrada entre 26 de junho e 4 de agosto de 2017, intervalo no qual a moeda norte-americana recuou 6,40% e é a maior sequência desde as nove semanas consecutivas de baixa, entre 19 de dezembro de 2016 a 17 de fevereiro de 2017, quando ficou 8,78% mais barato que o real.
Na mínima, a moeda foi a R$ 3,6442 e, na máxima, a R$ 3,7310. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1,50%.
“O mercado olha que não dá tempo de Haddad tirar a quantidade de votos necessária para vencer”, comentou o economista-chefe do Banco Confidence, Robério Costa, ao destacar que a pesquisa Datafolha, entretanto, pesou negativamente no início do negócios, quando o dólar chegou a subir.
Os levantamentos XP/Ipespe e Crusoé/Empiricus/Paraná, também divulgados pela manhã, contudo, mostraram números melhores para Bolsonaro, levando uma reversão do movimento.
Segundo o Datafolha, a distância entre Bolsonaro e Haddad caiu 6% em uma semana, para 12%. Além disso, a rejeição a Bolsonaro variou para 44%, de 41%, enquanto a de Haddad oscilou para 52%, de 54%.
À tarde, o dólar renovou mínimas ante o real com alguns investidores zerando posições compradas antecipando o desfecho das urnas no domingo.
E AINDA: Dólar recua ante real com alívio externo
No exterior, a alta do dólar também perdeu força ante as divisas de países emergentes e ajudou a aliviar a trajetória local. O ambiente de aversão ao risco, no entanto, predominou, com destaque para a nova sessão de forte queda das bolsas norte-americanas.