Itaú Unibanco tem lucro de R$ 6,45 bi no 3º tri

30 de outubro de 2018

O lucro do Itaú Unibanco teve um avanço de 3,2% ante mesma etapa de 2017

O Itaú Unibanco teve leve alta do lucro do terceiro trimestre, na esteira do recuo das despesas com perdas para calotes e no crescimento das margens com clientes, desempenho que mais do que compensando o aumento de gastos administrativos e a queda nas receitas com tarifas e serviços.

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O maior banco privado da América Latina anunciou ontem (29) que seu lucro recorrente de julho a setembro somou R$ 6,454 bilhões, um avanço de 3,2% ante mesma etapa de 2017 e de 1,1% na comparação sequencial.

O resultado recorrente foi quase 2% menor que a média de previsões de analistas compilada pela Refinitiv, de R$ 6,585 bilhões.

Um dos destaques do período foi a carteira de crédito, que no fim de setembro somava R$ 636,4 bilhões, volume 10,65% maior em 12 meses e 2,1% acima do registrado no final de junho. Os maiores avanços aconteceram nas lucrativas linhas de pessoa física (11,2% a mais em um ano) e de micro e pequenas empresas (aumento de 14,3%).

“A maior representatividade desses produtos com spreads mais elevados gerou um aumento da margem com clientes”, afirmou o banco no relatório de resultados.

Mesmo com a expansão do estoque, a qualidade da carteira ficou praticamente estável, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo 0,1% na base trimestral, mas recuando 0,3% em 12 meses, a 2,9%.

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Com isso, o chamado custo do crédito, que computa as despesas com perdas esperadas com calotes, menos os valores recuperados de valores em atraso, somou R$ 3,26 bilhões, montante 18,2% menor contra um ano antes. Em três meses, o valor recuou 9,4%.

“No banco de atacado tivemos a reversão de uma provisão principalmente pela melhora na classificação de risco de um cliente específico”, disse o banco, sem dar mais detalhes.

Em outra frente, as receitas do banco com tarifas e serviços e a área de seguros caíram 2,1% ante o trimestre anterior, embora tenham subido 3,1% contra mesma etapa de 2017, para R$ 10,15 bilhões.

A queda refletiu menores receitas com serviços de assessoria na área de bancos de investimento e com corretagem, compensado em parte pelo crescimento das receitas com cartões de crédito.

Além disso, as despesas administrativas subiram 3,1% na base sequencial e de 7% sobre um ano antes, para R$ 12,65 bilhões, movimento atribuído pelo banco ao reajuste de salários de empregados e à contratação de funcionários.

O Itaú Unibanco teve no terceiro trimestre uma rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 21,3%, queda de 0,3% nas comparações sequencial e anual.