O Santander Brasil está voltando sua atenção para o mercado de ensino básico, em um esforço que visa dobrar a atual participação de cerca de 15% no segmento e diversificar investimentos da instituição no setor, atualmente concentrados em educação superior. “A ideia é estender a oferta para apoiar escolas e chegar a esse público de alunos antes de entrarem nas universidades”, disse o superintendente executivo da área de negócios e empresas do banco, Alexandre Teixeira. O movimento vem na esteira de um interesse cada vez maior de investidores no segmento de educação básica, que vem atraindo desde o começo deste ano grandes companhias do setor, incluindo a Kroton Educacional, maior grupo de ensino superior privado do país.
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Entre os destaques do pacote de serviços financeiros para o setor de educação básica, o Santander desenvolveu em conjunto com sua subsidiária GetNet uma solução para pagamento de mensalidades via cartão de crédito, com uma tarifa fixa de R$ 2,85 por cobrança. “Já existe o uso de cartão de crédito para pagamento de boletos de cobrança… Mas nesse caso o colégio envia o débito ao cartão dos pais todo mês, assim não compromete todo o limite”, explicou o executivo, ressaltando que a opção ainda garante o acúmulo de pontos em programas de recompensa, além de um prazo mais alongado para pagamento.
No caso de boletos, são cobradas tarifas com desconto, que variam de R$ 1,80 a R$ 2,40, dependendo do volume de boletos, disse Teixeira, citando ainda oferta de isenção permanente para convênio de folha de pagamento, consignados com taxas diferenciadas para funcionários e professores e opções de investimento para escolas com caixa. “Nesse instante, ainda não pensamos em financiar mensalidade de ensino básico”, afirmou ao ser questionado se o Santander pretendia replicar o que vem fazendo com cursos de medicina, pós-graduação e MBA.
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Em janeiro deste ano, o banco também trouxe aos correntistas a opção de financiamento total ou parcial de cursos de pós-graduação e MBA (lactu sensu e strictu sensu) em todas as áreas de formação, com prazo de até 60 meses. Mas Teixeira observou que a aposta do Santander em educação não se limita a aspectos financeiros. No caso dos colégios, o banco também dará acesso a ferramentas e cursos gratuitos oferecidos pela Universia, bem como à plataforma de gestão de aprendizagem Canvas, com foco na profissionalização das escolas.