Bradesco vê maior crescimento do PIB em 2019

9 de novembro de 2018

Banco também acredita em menor pressão sobre câmbio em 2019

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Banco também acredita em menor pressão sobre câmbio em 2019

O Banco Bradesco atualizou suas previsões para a economia brasileira e passou a prever crescimento maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 e redução da taxa de câmbio tanto neste quanto no próximo ano.

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A equipe de economistas chefiada por Fernando Honorato Barbosa colocou na balança os fatores a favor e contra o crescimento econômico e concluiu que os positivos estão se sobressaindo, o que justificava ter elevado a previsão de expansão no próximo ano para 2,8%, de 2,5% antes.

O banco chama a atenção para a melhora nas condições financeiras, com destaque, entre outros, para o crescimento do PIB no terceiro trimestre mais próximo de 0,5%, queda do risco-país e apreciação do câmbio, “levando as condições financeiras novamente para um patamar expansionista – ainda que inferior ao do começo do ano.”

Os fatores negativos citados foram a perspectiva de desaceleração da economia argentina e dificuldades fiscais nos estados e ausência de efeitos expansionistas como o FGTS e PIS.

“É importante ressaltar que a melhora das condições financeiras e menor risco é dependente da implementação de uma agenda de reformas consiste com o endereçamento dos principais desafios do país”, argumentou o Bradesco.

A instituição financeira também reduziu sua previsão para a taxa de câmbio a R$ 3,70 tanto no final de 2019 quanto de 2020, de R$ 3,90 e R$ 3,80, respectivamente.

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“Os fundamentos das contas externas ainda indicam um ‘valor justo’ para a moeda abaixo de R$/US$ 3,70, mesmo diante da maior incerteza global, mas esses patamares dependem de uma maior alocação vinda dos estrangeiros e do avanço da agenda de reformas.”

O banco não promoveu alterações nem nas projeções de inflação – 4,4% neste ano e 4,25% em 2019 -, e também manteve a previsão sobre a trajetória da taxa de juros, considerando como mais provável o início da elevação da Selic no segundo trimestre em passos de 0,25 ponto percentual, com a taxa atingindo 8% ao final do próximo ano.

Economistas de mercado ouvidos semanalmente pelo Banco Central esperam uma inflação de 4,40% em 2018 e 4,22% no ano seguinte. A estimativa para a taxa de câmbio é de R$ 3,70 neste ano e R$ 3,80 no fim de 2019. A pesquisa Focus mostra, ainda, expectativa de Selic a 8% no fim do ano que vem.