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A Odebrecht está no centro das investigações da operação Lava Jato, que, segundo promotores dos Estados Unidos, é o maior esquema de corrupção política já desvendado. O esquema envolve o pagamento de bilhões de dólares em propinas, a maior parte para executivos da Petrobras, políticos e partidos políticos em troca de contratos lucrativos. Mais de 130 políticos e empresários já foram condenados como parte do caso, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No ano passado, a Argentina proibiu a empresa de fazer ofertas por contratos de obras públicas por 12 meses. Em agosto, promotores argentinos tiveram acesso a um conjunto de confissões que executivos da Odebrecht deram à Justiça brasileira sobre corrupção praticada na América Latina, Estados Unidos e África.
Olga também disse que a empresa concluiu acordos de leniência em outros países, mas eles não ainda não foram anunciados uma vez que ainda estão sob sigilo. No mês passado, a Odebrecht ofereceu US$ 18 milhões ao México, além de informações sobre corrupção no país, se o país prometesse desistir de outras multas contra a empresa e suspendesse a proibição para assinaturas de novos contratos com o governo. As autoridades mexicanas rejeitaram a proposta.
Promotores brasileiros só vão entregar as confissões de quase 80 executivos da Odebrecht dadas nos últimos dois anos se outros países se comprometerem a não processar os executivos. Proteção contra processo criminal faz parte do acordo recorde de R$ 6,9 bilhões que a Odebrecht assinou dois anos atrás com promotores dos Estados Unidos, Brasil e Suíça.