O dólar encerrou quase estável ante o real hoje (21), em pregão de baixa liquidez, com as atenções voltadas para a viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Fórum Econômico Mundial.
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A moeda norte-americana avançou 0,07%, a R$ 3,7587 na venda. Na máxima da sessão, a moeda alcançou R$ 3,7812 e, na mínima, chegou a R$ 3,7570. O dólar futuro operava em alta de cerca de 0,2%.
A sessão foi de baixa liquidez em função do feriado do Dia de Martin Luther King, nos Estados Unidos, onde mercados não abriram.
Em breve entrevista na chegada a Davos, na Suíça, Bolsonaro disse que pretende mostrar ao Fórum Econômico Mundial que o Brasil mudou, que é um país seguro para investimentos e que está tomando medidas para reconquistar a confiança, acrescentando que não irá apresentar planos específicos para privatizações durante o encontro.
Segundo contou uma fonte à Reuters, o presidente usará seu discurso para defender a agenda de reformas econômicas do governo e sinalizar a disposição do Brasil a fazer uma maior abertura comercial e desburocratização da economia.
“Acho que vai ser positivo, temos coisas positivas, o Brasil virou holofote novamente. Vai como uma boa notícia para investidores externos, claro que ele vai levar [as privatizações] de uma forma macro, acho que não deve entrar em detalhes”, afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
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Internamente, o mercado começa a olhar com mais cautela para a movimentação do governo em relação à reforma da Previdência. Em uma entrevista no sábado (19), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sinalizou que o governo deve optar por “uma transição bastante suave” na proposta de Previdência.
“Esse é um ponto importante. O que ele quis dizer com suave? Ele ainda não foi claro e isso está muito mais na mão do Ministério da Economia, do Paulo Guedes, acho até que há uma proposta ali um pouco mais forte do que a ala do Bolsonaro gostaria”, avaliou Rodrigues, citando possíveis divergências dentro do governo.
No cenário externo, o mercado observou com cautela o menor crescimento da economia chinesa, que em 2018 desacelerou para o seu nível mais fraco em 28 anos sob o peso do enfraquecimento da demanda doméstica e das tarifas dos Estados Unidos.
Somado à notícia da desaceleração chinesa, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou, nesta segunda-feira, suas previsões para o crescimento econômico global para 2019 e 2020, citando fraqueza na Europa e em alguns mercados emergentes.
Também no radar do mercado está o caso envolvendo movimentações atípicas do senador eleito e filho do presidente Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz.
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O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 9,38 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.