LEIA MAIS: Petrobras cede fatia e cria joint venture com Total
A indicação de Nagem, que ainda será submetida aos procedimentos de governança da companhia, foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, pelo Twitter, e causou grande repercussão por se tratar de um amigo do presidente. Bolsonaro publicou ainda na rede social o currículo de Nagem, informando que ele é funcionário da Petrobras há 11 anos, dos quais seis atuando na área de segurança corporativa. Ele é administrador graduado pela Escola Naval e capitão-tenente da reserva da Marinha.
“Ocorre que o status de ‘Pleno’ é incompatível com a representação da Petrobras como Gerente Executivo”, disse o assessor jurídico da FUP, Normando Rodrigues, na Ação Civil Pública, protocolada na 11ª Vara Federal do Rio de Janeiro, segundo a nota da FUP. Para ser um gerente executivo, o plano de carreiras da Petrobras prevê empregados de grau “Máster”, segundo o assessor jurídico.
MAIS: Petrobras quer produzir 10% mais petróleo em 2019
Rodrigues também ressaltou que a nomeação significa “violação hierárquica”, uma vez que o indicado nunca teria exercido funções de supervisor, coordenador, gerente setorial, gerente, gerente geral, gerente executivo, diretor ou presidente.
A Petrobras informou que não iria comentar a ação movida pela FUP, mas reforçou que o nome de Nagem será submetido aos procedimentos de governança da companhia, que inclui a apreciação pela diretoria executiva, pelo Comitê de Indicação, Remuneração e Sucessão e pelo Conselho de Administração. Serão analisadas, segundo a petroleira, a formação acadêmica e a experiência do candidato.