Ghosn, um dos executivos de automóveis mais proeminentes do mundo, cujo resgate da Nissan duas décadas atrás fez dele uma celebridade na indústria e no Japão, estava irreconhecível quando saiu da Casa de Detenção de Tóquio, onde ficou detido por mais de 100 dias em uma pequena cela sem aquecimento.
Cercado por seguranças e vestido com um uniforme de operário e um boné azul, o rosto de Ghosn ficou escondido por óculos grossos e uma máscara cirúrgica. Ele conseguiu evitar muitos dos repórteres que acampavam no local antes de ser levado embora em uma pequena van.
O executivo, também ex-presidente da Renault e da Mitsubishi, concordou com condições rigorosas de fiança e deu garantias de que permanecerá em Tóquio, entregará seu passaporte ao seu advogado e se submeterá a uma ampla vigilância.
Ele concordou em instalar câmeras nas entradas e saídas de sua residência, e está proibido de usar a internet ou enviar e receber mensagens de texto. Ghosn também está proibido de se comunicar com as partes envolvidas em seu caso, e o acesso ao computador apenas é permitido no escritório de seu advogado.
“Sou inocente e totalmente comprometido em me defender vigorosamente em um julgamento justo contra essas acusações sem fundamento”, disse ele em um comunicado divulgado ontem (5).
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