Resumo:
- Mães que trabalham dão o seu melhor para conciliar as demandas da vida doméstica e profissional;
- Enquanto lidam com diversas responsabilidades, seus chefes, gerentes e colegas de trabalho tendem a vê-las como menos competentes;
- Equilíbrio é um termo que muitas vezes provoca diferentes emoções, especialmente nas mães que sentem a pressão de levar uma vida perfeitamente balanceada;
- Esse balanço é, na verdade, sobre criar um suporte para melhorar a vida profissional e pessoal dessas mulheres.
Bem antes do início do Mês da História da Mulher, em 1987, as mulheres reconheceram a importância de organizar, reunir e amplificar suas vozes para realizar mudanças efetivas. Sua força, tenacidade e coragem abriram o caminho para inúmeras conquistas no século 21.
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Esse legado vive em todas as mães que acordam e decidem dar o seu melhor em casa e no escritório. Implacáveis pelo lado materno, mas profundamente afetadas por ele, as mães trabalhadoras tentaram conciliar as demandas da vida doméstica e profissional com toda a sua capacidade.
Enquanto elas fazem a sua parte para navegar com sucesso por uma complexa gama de responsabilidades, seus chefes, gerentes e colegas de trabalho tendem a vê-las como menos competentes ou comprometidas. Nada poderia ser mais enfurecedor ou distante da realidade e, mesmo assim, estudos sugerem que as mães que trabalham recebem, em média, 30% a menos depois do primeiro filho, enquanto as mulheres sem crianças – e homens – geralmente aumentam seus ganhos na mesma proporção.
Não há dúvida de que as mulheres fizeram progressos significativos no último século. Mas ainda estamos muito longe de equilibrar as escalas da igualdade de gênero. Em homenagem ao Dia das Mães, tenho me concentrado em explorar o que isso realmente significa. Equilíbrio é um termo que, muitas vezes, provoca diversas emoções, especialmente para as mães trabalhadoras, que sentem a pressão de levar uma vida perfeitamente balanceada.
Para mim e para a equipe do “Live.Work.Lead”, esse tema vai além de encontrar a sua própria versão do equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mas é, realmente, sobre como criar um suporte para melhorar as duas partes. Ao trabalhar com organizações para apoiar funcionários, treinar gerentes e melhorar políticas (licença remunerada, flexibilidade e outros), estamos constantemente em uma missão para aperfeiçoar o equilíbrio de gênero para indivíduos em casa e no trabalho, mas também em toda a organização.
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E estamos longe de estar sozinhas. Entrei em contato com mães trabalhadoras que, assim como eu, estão na trincheira para defender outras mães no espaço corporativo.
Veja, na galeria de fotos abaixo, depoimentos de mulheres que lutam para mudar a percepção sobre mães trabalhadoras – e como podemos apoiá-las melhor em casa e no trabalho:
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Divulgação Blessing Adesiyan, fundadora e CEO do site “MotherHonestly”
“É importante que as mulheres alcancem a igualdade não apenas no local de trabalho, mas também em casa. Isso significa que os homens devem se esforçar para ajudar suas esposas em afazeres como alimentar e dar banho nas crianças e lavar a roupa, além de ajudar nas atividades que reduzem a quantidade de tempo que elas gastam nas tarefas domésticas. Acredito que este alinhamento e o equilíbrio no lar permitem que elas alcancem uma melhor estabilidade no trabalho. No ambiente profissional, é possível atingir esse estágio quando os funcionários procuram melhorar continuamente a vida das mulheres, ao priorizar o que é importante para elas: licença maternidade remunerada, pagamentos iguais e trabalho flexível. A mulher moderna está disposta a trabalhar mais para uma empresa que enfatiza isso do que para uma que não o faz.”
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Divulgação Lauren Smith Brody, autora do livro “The Fifth Trimester” (ainda sem tradução para o português)
“A maternidade é a primeira vez que muitas mulheres negociam o equilíbrio no local de trabalho. Centenas delas que entrevistei para o meu livro se sentiram emocional e fisicamente curadas apenas 5,9 meses após o parto, em média – meses após o retorno ao trabalho. Elas não conseguiam dormir sete horas seguidas até os sete meses. Gastavam quase todo o seu dinheiro em creches. É de admirar que muitas desistam. A carga não deveria cair inteiramente sobre os pais – nós podemos ser agentes de mudança. Ao investir em férias remuneradas e flexibilidade para essa transição entre a licença e a volta ao emprego, as empresas podem melhorar o recrutamento e a reputação, economizar o mínimo de seis a nove meses de salário perdido e manter as mulheres no caminho para a liderança, no qual será possível impulsionar a rentabilidade, o valor das ações e o PIB. As mães são um investimento valioso.”
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Reprodução/Forbes Lindsay Mitchell e Lauren Brandt, cofundadoras do site “The Returnity Project”
“#BalanceForBetter (“Equilíbrio para o melhor”, em português) significa construir uma infraestrutura em todos os locais de trabalho que apoiam mulheres com licença maternidade remunerada e programas voltados para a transição no emprego. Ao reter mais mulheres com crianças no mercado de trabalho, podemos coletivamente criar, de fato, um equilíbrio.”
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Divulgação Katherine Goldstein, apresentadora do podcast “Double Shift”
“Precisamos nos afastar de um universo no qual a defesa de melhores licenças familiares e políticas no local de trabalho é responsabilidade das mulheres. Nas minhas reportagens, descobri que quando os homens que estão em posições de poder são transparentes sobre suas responsabilidades de cuidados, ajudam a criar uma cultura que apoia muito mais as mães.”
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Divulgação Hayley Nivelle, fundadora do aplicativo Ellie
“Qualquer mãe trabalhadora tem dois empregos. Os recrutadores podem ajudar a promover equilíbrio quando têm a mente aberta em relação a uma rotina de trabalho flexível, reconhecem que essa mãe que trabalha traz muitos benefícios para a empresa e se comprometem com propostas como espaços para mulheres que amamentam, fortes políticas de licença maternidade e outras facilidades.”
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Reprodução Sarah Lux-Lee, fundadora da plataforma Mindr
“Até agora, a maioria dos recrutadores sabe que equipes diversificadas contribuem para negócios melhores. A questão é como estabelecer a infraestrutura para tornar essa diversidade possível. Ao se comunicar sobre as necessidades dos pais que trabalham, explorar a flexibilidade, facilitar o senso de comunidade, normalizar o aleitamento materno e a amamentação, a Mindr se orgulha de ajudar as empresas a adotar o #BalanceForBetter.”
Blessing Adesiyan, fundadora e CEO do site “MotherHonestly”
“É importante que as mulheres alcancem a igualdade não apenas no local de trabalho, mas também em casa. Isso significa que os homens devem se esforçar para ajudar suas esposas em afazeres como alimentar e dar banho nas crianças e lavar a roupa, além de ajudar nas atividades que reduzem a quantidade de tempo que elas gastam nas tarefas domésticas. Acredito que este alinhamento e o equilíbrio no lar permitem que elas alcancem uma melhor estabilidade no trabalho. No ambiente profissional, é possível atingir esse estágio quando os funcionários procuram melhorar continuamente a vida das mulheres, ao priorizar o que é importante para elas: licença maternidade remunerada, pagamentos iguais e trabalho flexível. A mulher moderna está disposta a trabalhar mais para uma empresa que enfatiza isso do que para uma que não o faz.”
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