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“As partes estão atualmente negociando os termos e condições contratuais finais da transação”, afirmou a Natura em comunicado ao mercado. Após a mensagem da Natura, a Avon enviou um comunicado também afirmando que “não há garantias de que uma transação será concluída a partir das negociações”.
Segundo analistas do BTG Pactual, a transação vai adicionar complexidade ao modelo de negócios da Natura, uma vez que a empresa já está enfrentando a recuperação dos negócios da The Body Shop.
Apesar disso, os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi, do BTG, afirmaram que dada a similaridade dos modelos de negócios de ambas as empresas, altamente expostos a venda direta, “sinergias potenciais podem surgir”.
“Assumindo um valor implícito de mercado da Avon de US$ 2 bilhões, isso poderia implicar em um prêmio de 70% sobre o fechamento das ações da Avon na véspera (de US$ 5,44), o que resultaria em um valor de R$ 21,5 bilhões para a Natura e uma participação de 28% dos acionistas da Avon na nova companhia combinada”, escreveram os analistas do BTG em nota a clientes.
Apesar disso, Matache afirmou em nota a clientes que as sinergias que podem resultar da combinação das duas empresas “devem superar o lado negativo dos investimentos necessários e contribuir diretamente com o objetivo maior da companhia de se tornar uma marca verdadeiramente global”.
As ações da Avon subiam mais de 20% em meio às notícias de acordo com a Natura.