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A moeda norte-americana à vista caiu 0,90%, para R$ 3,8890 na venda. É o menor patamar para um encerramento desde 15 de abril passado, quando fechou a R$ 3,8688.
O dólar acumula queda de 5,3% desde a máxima em oito meses (R$ 4,10485) alcançada no último dia 20. Essa depreciação já aproxima a cotação de suas médias móveis de 100 dias (R$ 3,8534) e 200 dias (R$ 3,8680), que se rompidas podem acionar ordens automáticas de vendas com potencial de derrubar ainda mais o preço da divisa dos EUA.
O real esteve entre as moedas de melhor performance ante o dólar nesta sessão, mas a valorização não foi exclusiva. Trinta e dois dos 33 principais pares do dólar ganharam terreno nesta segunda-feira, impulsionados pelo aumento das apostas de que o Federal Reserve precisará cortar os juros ainda neste ano para evitar uma desaceleração mais intensa da economia dos EUA.
Apenas o peso mexicano perdeu valor, impactado pela recente ameaça tarifária do governo Trump contra o México.
Um corte de juros pelo Fed ajudaria a evitar nova queda do diferencial de taxa entre Brasil e EUA, que bateu mínimas históricas à medida que o Banco Central reduziu a Selic e o Fed elevou as Fed Funds. Quanto menor esse spread, menos atrativo é trazer dinheiro ao Brasil para aplicar na renda fixa, o que tende a reduzir a oferta de dólares.
A queda do dólar no Brasil ocorreu ainda com um pano de fundo otimista em relação à agenda de reformas. Notícias divulgadas ao longo da semana indicaram maior confiança do governo no andamento da reforma da Previdência, diante da melhora do clima político.
“O noticiário segue construtivo”, disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets. Ele chama a atenção, contudo, para “mais um teste” para a capacidade de mobilização do Planalto, com a votação no Senado de MP contra fraudes.
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