Os manufatureiros chineses estão enfrentando uma demanda fraca no país e no exterior, e um forte aumento das tarifas dos EUA anunciado em maio está ameaçando comprimir as já reduzidas margens de lucro, reforçando visões de que Pequim precisa anunciar em breve mais medidas de estímulo.
As exportações caíram 1,3% em relação ao ano anterior, num desempenho melhor que a expectativa de queda de 2% de analistas consultados pela Reuters. Ainda assim, reverteram um inesperado ganho registrado em maio.
Com isso, a China registrou superávit comercial de US$ 50,98 bilhões no mês passado, ante saldo positivo de US$ 41,66 bilhões em maio. Analistas previam sobra de US$ 44,65 bilhões para junho.
“O último aumento das tarifas dos EUA provavelmente contribuiu para essa queda [nas exportações], juntamente com uma desaceleração mais ampla na demanda externa”, disse a Capital Economics em nota.
“Não esperamos que o crescimento global atinja seu pior momento no ano que vem. E, embora a trégua entre Trump e Xi no G20 no final do mês passado elimine a ameaça imediata de novas tarifas por parte dos EUA, nosso cenário-base continua sendo o de que as negociações comerciais vão ruir novamente em breve.”
Embora ambos os lados tenham concordado, no final de junho, em retomar as conversas, e Washington tenha dito que adiaria cobranças adicionais, as tarifas existentes permanecem em vigor.
Nenhum cronograma foi definido para a nova rodada de negociações comerciais, e as duas maiores economias do mundo continuam em desacordo sobre questões importantes e necessárias para um acordo, aumentando o risco de uma batalha muito mais longa e mais custosa.
O superávit comercial da China com os Estados Unidos, uma das principais fontes de atrito com seu maior parceiro comercial, subiu para US$ 29,92 bilhões em junho, ante US$ 26,9 bilhões em maio.
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