Nos últimos nove anos, a Hidrovias investiu US$ 1,2 bilhão no estabelecimento de infraestruturas logísticas na bacia do rio Amazonas e no sistema Paraná-Paraguai -neles, a empresa transporta grãos, minério de ferro, bauxita e celulose, além de outras commodities.
“Com o capex em cerca de metade do original, eu posso praticamente dobrar a capacidade de transportar cargas no Norte”, disse à Reuters o diretor financeiro da companhia, Fabio Schettino, ontem (26).
Impulsionar negócios no Corredor Norte, que liga Mato Grosso aos portos do Norte, é uma prioridade, já que o país permanece sendo um dos maiores produtores de grãos do mundo. Já no Paraná-Paraguai, no Sul, onde a competição é mais acirrada e os agentes já são bem estabelecidos, a Hidrovias se vê em posição para comprar rivais e aumentar sua fatia no mercado, disse o executivo.
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“Nós mal tocamos (na superfície) das oportunidades. Estamos nos estruturando para o segundo momento, de criação de valor”, afirmou Schettino.
Uma possível oferta para operar a “Ferrogrão”, ferrovia que o governo brasileiro deve leiloar em breve, também está nos planos, desde que a Hidrovias consiga encontrar um parceiro para o empreendimento, disse Schettino.
A Ferrogrão, que pode levar dez anos para ser construída, irá de Sinop (MT) a Miritituba (PA), à beira do rio Tapajós, de onde barcaças transportarão grãos para embarque na Amazônia e para os mercados mundiais.
Perguntado se a Hidrovias considera uma listagem no mercado de ações e onde poderia levar o plano adiante, Schettino disse que nenhuma decisão foi tomada, mas que a empresa poderia realizar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em qualquer mercado.
“Devemos nos manter do tamanho em que estamos?”, perguntou Schettino. “Obviamente, essa não é nossa decisão estratégica.”
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