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No mercado futuro, o ajuste de baixa no dólar veio acompanhado de forte volume de negócios. Por volta de 17h20, cerca de 520 mil contratos para o dólar futuro de maior liquidez já haviam trocado de mãos, o que torna esta sessão a mais agitada desde 17 de maio (557.395 contratos).
Já no mercado à vista, com negócios finalizados às 17h, o dólar caiu 0,42%, a R$ 3,9669 na venda. Na máxima, alcançada por volta de 10h30, a cotação bateu R$ 4,0133.
Mas imediatamente o dólar virou e passou a cair, após notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou a imposição de tarifas sobre alguns produtos chineses, que inicialmente passariam a valer em setembro.
“Acho que poderemos entrar numa trégua comercial a partir de agora”, disse a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte. Segundo ela, o dólar pode voltar a operar entre R$ 3,80 e R$ 3,90 até o fim do ano. “As mínimas do começo do ano foram movimentos de ‘lua de mel’. Acho que ainda não voltamos para lá”, completou.
Pesquisa do BofA mostrou gestores levemente menos positivos com o real, com 66% trabalhando com uma cotação do dólar a R$ 3,80 no final do ano, contra 84% na pesquisa anterior. E aumentou a parcela que vê a divisa entre R$ 3,81 e R$ 4.
Economistas de forma geral preveem taxa de câmbio de R$ 3,80 ao fim deste ano, conforme a mais recente pesquisa Focus do Banco Central.
Apesar do alívio na taxa de câmbio nesta sessão, a volatilidade seguiu elevada. A taxa implícita para três meses ficou na casa de 12,5%, perto das máximas desde 10 de julho. Ou seja, o mercado ainda prevê intenso vaivém no câmbio no curto prazo.
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