Levis e Wrangler prometem combater assédio em fábricas

16 de agosto de 2019
Mike Blake/Reuters

Mulheres eram forçadas a fazer sexo para manter empregos em Lesoto

Três grandes marcas de roupas norte-americanas prometeram combater os abusos em fábricas em Lesoto, depois que uma investigação descobriu que mulheres estavam sendo forçadas a fazer sexo para manter seus empregos. A Levi Strauss & Co, a Kontoor Brands — que é proprietária das marcas Wrangler e Lee — e a The Children’s Place assinaram acordos para acabar com práticas de assédio sexual disseminadas em cinco fábricas onde cerca de dez mil mulheres trabalham fazendo roupas no pequeno país no sul da África.

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“Estes importantes acordos estabelecem um exemplo para o resto da indústria do vestuário sobre como abordar os problemas do assédio e do abuso”, disse Rola Abimourched, diretora de um programa do Consórcio de Direitos dos Trabalhadores (WRC, na sigla em inglês), que descobriu as violações.

A manufatura de roupas — com foco nas exportações de jeans — cresceu e se tornou, nas últimas três décadas, o maior setor de empregos formais no país de 2 milhões de habitantes, fornecendo empregos para cerca de 40 mil pessoas.

O WRC averiguou que mulheres eram forçadas a praticar regularmente atividades sexuais com seus supervisores para conseguir ou manter seus empregos em três fábricas de propriedade da fabricante global de jeans Nie Hsign Textile, de Taiwan, que produzem jeans para as marcas norte-americanas.

A Nien Hsing Textile emprega um quarto da força de trabalho total da pequena nação africana.

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