Depois de se aliar à operadora estatal uruguaia Antel para lançar a primeira rede comercial 5G da América Latina, a Nokia agora está mirando o Brasil, seu maior mercado na região.
“Vemos vontade política para realização de um grande leilão de espectro no primeiro trimestre de 2020. Eu acho plausível dizer que o grande presente de Natal no ano que vem deve ser um aparelho 5G”, afirmou Wilson Cardoso, diretor de soluções para América Latina, em entrevista ontem (5).
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Outras bandas como a 26 GHz e a 700 MHz, que suportam comunicações de baixa latência adequadas para uso industrial, também podem ser adicionadas ao mesmo leilão, esperado para março, de acordo com a agência reguladora.
Se todas as quatro forem leiloadas conjuntamente, alertou Cardoso, será o maior leilão único de espectro para 5G no mundo. “As joias da coroa são certamente os blocos em 26GHz e 700 MHz, mas quanto mais espectro disponível menor deve ser a especulação de preço entre os participantes do leilão”, explicou o executivo.
Assim como a sueca Ericsson e a chinesa Huawei Technologies, a Nokia também vem colaborando com a Anatel antes do leilão, acrescentou o executivo.
Questionado se as preocupações de espionagem levantadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, contra a rival Huawei beneficiaram os negócios da Nokia no Brasil e no exterior, ele afirmou que a companhia finlandesa está “aproveitando todas as oportunidades que surgem”. “Somos a alternativa ocidental aos produtos da Huawei e o competidor direto dela, já que nossos portfólios de fim-a-fim são bem compatíveis”, comentou Cardoso.
A Nokia já assinou 45 contratos comerciais em 30 países em todo o mundo para fornecer equipamentos para redes 5G, dos quais dez se encontram em operação, de acordo com a empresa. Só na América, foram assinados três contratos, incluindo o firmado em abril com a uruguaia Antel.
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