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O Bradesco registra neste ano custos acima do esperado, ficando aquém de suas próprias metas e decepcionando investidores. Em janeiro, o banco informou que seus custos aumentariam até 4% em 2019, mas subiram 7,5% nos primeiros nove meses do ano.
O presidente Octavio de Lazari Junior disse a jornalistas em uma teleconferência que o banco fechará 150 agências já neste ano. O banco encerrou setembro com 4.567 agências.
Lazari disse que um recente programa de demissão voluntária também ajudará a cortar custos. Ele disse que 3 mil trabalhadores já aderiram ao programa, cerca de 3% do seu quadro de funcionários. O Bradesco também vem renegociando melhores condições para contratos de fornecedores e fechado acordos em disputas trabalhistas.
Analistas do Credit Suisse observaram em nota a clientes que as despesas operacionais decepcionaram com o aumento das despesas com marketing e pessoal. A receita das tarifas também ficou abaixo da meta do banco, mas Lazari disse que provavelmente terminará 2019 na faixa de crescimento de 3% a 7% estabelecida no início do ano.
Lazari disse que espera que o banco registre um retorno sobre o patrimônio em torno de 20% nos próximos trimestres, apesar das taxas de juros mais baixas no Brasil. O Bradesco apresentou rentabilidade de 20,2% no terceiro trimestre.
O banco pretende acelerar o crescimento para atingir essa meta. “Ganhos de escala serão essenciais para o banco manter sua lucratividade em meio a taxas de juros mais baixas”, disse Lazari a jornalistas.
A carteira de crédito do Bradesco cresceu 3,2% no trimestre, impulsionada principalmente por empréstimos a consumidores e pequenas empresas. Lazari disse que o crescimento do crédito ao consumidor deve manter seu ritmo acelerado nos próximos trimestres.
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