- Cada vez mais empresas de grande porte vêm adotado o blockchain em suas estratégias de marketing;
- Desde 2017, o número de companhias especializadas foi de 22 para 290;
- Entenda como elas fizeram isso.
Para alguém que foi CMO (chief marketing officer) nos últimos cinco anos, é fácil lembrar de quando empresários moravam com brilho nos olhos para o blockchain. Alguns viam na tecnologia a oportunidade de faturar um bom dinheiro, outros tinham medo do que era chamado de “faroeste”, por conta da falta de regulamentação.
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Em indústrias de serviço globais, o marketing se destaca: os gastos com anúncios digitais no mundo pode chegar a US$ 427,26 bilhões até 2022. Ainda assim, é uma área marcada por fraudes e falta de transparência. Desse ponto de vista, ainda é preciso ganhar eficiência.
Como as startups de blockchain no marketing mudaram com o tempo
Fraudes no mundo do marketing podem causar grandes impactos, tanto que alcançaram estimados US$ 6,5 bilhões em perdas há dois anos. Mas em 2017, os primeiros projetos de blockchain no marketing pareciam resolver essas questões.
O resultado desse crescimento foi que em 2019, uma pesquisa feita pela empresa Never Stop Marketing mostrou que o número de companhias de marketing e blockchain chegou a 290 -em 2017, eram 22. Esses projetos cobrem diversas áreas que podem inovar o marketing, incluindo redes sociais, dados, e-commerce e anúncios programados.
Grandes nomes como Unilever, Kellogg’s e Kimberly-Clark se juntaram a um consórcio de compra de soluções de marketing por blockchain, para eliminar intermediários. Além disso, a MetaX juntou a ads.txt (um registro de vendedores autorizados) à Ethereum, de criptomoedas, para fazer com que a compra por anúncios fosse o mais transparente possível. Recentemente, startups como a Lucidity criaram uma “cadeia de produção transparência de anúncios que reduz fraudes e minimiza discrepâncias de reconciliação.”
Como o blockchain pode reformatar o marketing
O blockchain cria um banco de dados distribuído que serve como uma única fonte de oferta e demanda. Todas as ações e informações são automaticamente registradas em um livro fiscal. Na rede, parceiros podem identificar atividades suspeitas e deletar o culpado. Esse é o nível de transparência procurado, e é isso que empresários e líderes de marketing deveriam usar para redefinir relacionamentos nos negócios.
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O blockchain também pode ajudar consumidores a entender como negócios lidam com seus dados e monitoram suas atividades. Assim, eles confiam na empresa, e o empresário têm transparência em suas práticas.
Superando desafios
Quando obstáculos associados a órgãos regulamentadores são deixados para trás, um novo desafio surge: aprender a combinar lucros e privacidade. Até agora, não tem sido fácil. Sites coletam dados dos usuários para vender a seus anunciantes, que os usam para a personalização de propagandas.
Como todos os grandes feitos, isso não será fácil. Empresas de publicidade terão de redefinir suas abordagens, da contratação de novos funcionários ao dia a dia da empresa, incorporando o blockchain aos processos. Para isso, deverão atrair especialistas no mundo da publicidade e do blockchain para se juntarem e entenderem a significância da transparência para todos os envolvidos, incluindo os consumidores.
Será que isso aparecerá na nova onda de startups? As companhias já existentes farão reformas internas? De qualquer forma, não é uma questão de por que, mas de como essa mudança vai chegar, e só o futuro dirá como cada empresa entrará no mundo da publicidade digital.
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