Dólar fecha a quase R$ 4,26 e bate 3º recorde histórico seguido

27 de novembro de 2019
Reuters

A moeda norte-americana fechou em alta de 0,44%, a R$ 4,2586 na venda

O dólar fechou em máxima histórica nominal pelo terceiro pregão consecutivo hoje (27), perto de R$ 4,26, mesmo depois de o Banco Central ter feito nova oferta líquida de moeda à vista, a terceira em dois dias.

No mercado interbancário, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,44%, a R$ 4,2586 na venda. Na segunda-feira (R$ 4,2150) e na terça (R$ 4,2398) a moeda já havia renovado recordes históricos para um encerramento de sessão no mercado à vista.

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Desde a semana passada, o dólar bateu recorde quatro vezes. No dia 18, a moeda fechou a R$ 4,2061 na venda, deixando para trás o pico anterior, de setembro de 2015.

Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,44% nesta quarta, a R$ 4,2535, por volta de 17h30.

O BC anunciou oferta líquida de dólar à vista por volta de 12h40, quando a moeda estava nas máximas do dia, acima de R$ 4,27. A exemplo da véspera, o dólar perdeu força, mas não a ponto de inverter a direção.

Autoridades do Banco Central – o presidente Roberto Campos Neto e o diretor de política monetária, Bruno Serra – disseram na terça (26) e na quarta-feira que o BC poderá continuar atuando no câmbio em caso de necessidade.

Estrategistas do Credit Suisse, contudo, avaliaram que a mensagem do Banco Central ainda não é “suficientemente clara” para sugerir que pode intervir sob qualquer circunstância.

O banco suíço moveu para cima a faixa com a qual trabalha para a taxa de câmbio brasileira, agora entre R$ 4,18 e R$ 4,35 (antes R$ 4,10 e R$ 4,25), citando mensagens “confusas” da parte de autoridades sobre a política cambial e a tendência do mercado de interpretar mal esses recados.

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A alta do dólar no Brasil nesta quarta-feira, porém, pareceu mais alinhada ao movimento externo, especialmente depois da intervenção do BC. O dia de forma geral era de dólar forte no mundo, após dados mais sólidos da economia dos Estados Unidos.

Estrategistas do Deutsche Bank disseram que o cenário para o real segue influenciado pela perspectiva de mais cortes de juros. “Somam-se a isso as preocupações gerais sobre a estabilidade política na América Latina, à luz dos recentes protestos na região”, disseram em nota a clientes.

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