Com folga, o real liderou os ganhos entre 33 rivais do dólar nesta sessão, depois de dias entre os piores desempenhos. No mercado interbancário, a moeda norte-americana caiu 1,00%, a R$ 4,2160 na venda. É a maior baixa percentual diária desde 23 de outubro (-1,05%). Na B3, em que os negócios vão até as 18h15, o dólar de maior liquidez caía 1,25%, a R$ 4,2110.
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O BC vendeu todo o lote ofertado.
O alívio até então, contudo, era modesto, na casa de 0,2%, especialmente considerando que o dólar vinha de três recordes históricos consecutivos para fechamento e ainda a alta acumulada de 1,57% em quatro pregões seguidos de alta.
Mas por volta de 14h40 as vendas se intensificaram, após o Ministério da Economia revisar dados da balança comercial de novembro para mostrar superávit, e não déficit como informado anteriormente.
Na segunda-feira (25), o ministério havia informado déficit comercial de US$ 1,099 bilhão no acumulado de novembro. Naquele dia, o dólar fechou numa máxima histórica, impulsionado pelos fracos números da balança e de transações correntes.
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“Como alguém já disse: ‘No Brasil até o passado é incerto'”, afirmou no Twitter o gestor Marcos Mollica, da Opportunity.
O banco suíço Julius Baer melhorou nesta quinta a avaliação para o real, citando espaço limitado para mais fraqueza da moeda brasileira depois justamente de forte depreciação recente.
“Mas, fundamental e estruturalmente, o real parece atraente nos níveis atuais em termos da taxa de câmbio efetiva real (REER) e dos termos de troca”, disse o banco em nota.
Em outra evidência de que o câmbio não tem passado por disfuncionalidade mais clara, a volatilidade implícita para as opções de dólar/real de um mês caiu ao menor patamar desde 2 de agosto, indicação de que o mercado não vislumbra uma desvalorização estruturalmente acelerada para o real por perspectiva de que o crescimento econômico em 2020 possa voltar a trazer fluxos ao país.
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