LEIA MAIS: Suzano tem prejuízo de R$ 3,46 bilhões no 3º trimestre
A companhia pretende levantar até o final do próximo ano cerca de US$ 500 milhões com venda de estoque de celulose excedente, venderá nos próximos cinco anos R$ 1 bilhão em ativos florestais que não vem utilizando e cortará investimentos de 2020 para um nível “bem abaixo” dos R$ 5,9 bilhões previstos para este ano, disseram executivos da Suzano em teleconferências com analistas e jornalistas hoje (1).
A expectativa agora é que essa alavancagem volte a ficar perto de três vezes ou até abaixo disso em algum momento de 2021, prazo que não prevê que a empresa venha a ter necessidade adicional de capital além do que já gera em suas próprias operações.
“Estamos felizes com nossa performance operacional, mas não tão felizes com o retorno sobre capital empregado e a principal razão disso é o preço da celulose”, disse o presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka.
Entre o final de 2018 e o fim de setembro deste ano o preço da celulose caiu de US$ 750 a tonelada para US$ 526, uma redução de quase 30% fomentada por fatores que incluem um menor desempenho da economia da China, envolvida na guerra comercial iniciada pelo governo dos Estados Unidos.
VEJA TAMBÉM: Suzano reverte prejuízo e lucra R$ 700 mi no 2º tri
Ele, porém, evitou comentar quando um início de reversão nos preços da celulose poderia se dar, embora tenha citado uma série de fatores para a expectativa, incluindo redução de capacidade produtiva do setor devido a paradas para manutenção e resultados ruins sendo registrados por competidores.
Mais cedo nesta semana, executivos da rival Klabin afirmaram que veem chance dos preços da celulose esboçarem uma reação após o feriado do Ano Novo Chinês, no final de janeiro.
O diretor comercial da área de celulose da Suzano, Carlos Aníbal, comentou sem revelar números, que os estoques de celulose da empresa terminaram setembro no menor nível do ano e que o movimento “deve se acentuar” até dezembro.
“Concluímos os negócios em outubro (venda de celulose) no mesmo nível de preço de setembro. Já vimos aumento de exportações para a China e isso demonstra que mercado está se fortalecendo…Espero fechar outubro com estoque de celulose bem limitado na China. Nos dois principais portos da China temos zero de celulose para vender até novembro”, afirmou o executivo. Segundo ele, os estoques globais da Suzano caíram em 150 mil toneladas no terceiro trimestre.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.