Depois de cair a R$ 4,0757 na venda (-0,43%) às 12h07 – nova mínima em cinco semanas atingida após o anúncio do acordo -, a moeda tomou fôlego e firmou alta na parte da tarde, conforme investidores avaliaram o acordo comercial como menos positivo do que o colocado nos preços, com cancelamento de tarifas, mas manutenção das já existentes e carência de detalhes oficiais sobre outros pontos.
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Ao fim da sessão no mercado interbancário, às 17h, o dólar subiu 0,38%, a R$ 4,1086 na venda. A alta do dólar desta sessão é apenas a segunda dos últimos dez pregões. No período, a moeda acumulou baixa de 3,11%.
Na semana, a cotação recuou 0,89%, na segunda baixa semanal consecutiva.
Assim como o real, outras moedas emergentes e associadas ao risco perdiam terreno nesta sessão, com destaque negativo para o iuan chinês negociado fora da China, em queda de 0,8% ante o dólar, pior desempenho entre 33 rivais da moeda dos EUA.
Com a leve alta desta sexta, o dólar “defendeu” o suporte técnico na média móvel linear de 100 dias, em torno de R$ 4,095. Mas a cotação ainda segue abaixo de sua média móvel linear de 50 dias, perto de R$ 4,13, rompida recentemente.
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A queda abaixo de linhas de suporte pode acionar ordens automáticas de vendas e reforçar movimentos de baixa da moeda norte-americana.
“Acreditamos que esse movimento de alívio se deva sobretudo pelo exterior, para o qual vemos um cenário levemente benigno, no sentido de acomodação”, disse o economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto.
Apesar da alta do dólar nesta sessão, a volatilidade implícita da moeda – uma medida da incerteza no mercado cambial – voltou a cair. A volatilidade para três meses recuava a 10,275% ao ano, perto das mínimas desde 2014.
“Isso mostra um mercado que vê a alta do dólar nas últimas semanas não como sinal de aversão a risco, mas por fatores estruturais, como o juro baixo, que no fim é uma coisa boa”, explicou Serra, da Absolute.
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