Banqueiro é multado em US$ 58 mi por tirar Picasso da Espanha clandestinamente

16 de janeiro de 2020
gettyimages-Chalffy

Jaime Botín, ex-presidente do Bankinter, também recebeu uma pena de 18 meses de prisão

Um ex-presidente de banco espanhol de 83 anos foi multado hoje (16) em US$ 58 milhões após ser condenado por levar uma pintura de Pablo Picasso para o exterior clandestinamente depois que o trabalho foi designado tesouro nacional.

Jaime Botín, ex-presidente do Bankinter, também recebeu uma pena de 18 meses de prisão, mas é improvável que a cumpra devido à sua idade avançada e por se tratar de sua primeira infração.

O caso derivou do confisco da “Cabeça de Mulher Jovem”, pintura de 1906 do mestre espanhol avaliada em € 26 milhões, do iate de Botín durante uma busca de autoridades da alfândega na ilha francesa de Córsega em 2015.

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Procuradores espanhóis acusaram Botín de tentar vender a obra, o que violaria uma proibição de exportação de obras de arte de significado cultural para a Espanha.

Botín, tio da presidente do Santander, Ana Botín, negou as acusações. Embora tenha admitido que a pintura deixou o território espanhol, ele disse que tentava levá-la à Suíça para guardá-la no país.

O veredicto desta quinta-feira, do qual ele pode apelar, também transferiu a propriedade da obra ao Estado espanhol.

O advogado de Botín não estava disponível de imediato para comentar.

Em um parecer divulgado também nesta quinta-feira, a Alta Corte de Madri disse que em 2012 Botín foi informado pela casa de leilões Christie’s que precisaria de permissão oficial para vender a pintura de mais de um século em um leilão em Londres.

Apesar disso, disse a corte, Botín levou a obra à cidade portuária mediterrânea de Valência e ordenou ao capitão de seu iate que a “escondesse das autoridades”.

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