Entenda os novos caminhos abertos pela inteligência artificial em setores já estabelecidos

16 de janeiro de 2020
Getty Images

Investidores antigos da inteligência artificial já colhem seus frutos

Não há dúvidas de que a inteligência artificial (ou a sigla AI, do inglês “artificial intelligence”) tem papel decisivo em diversas indústrias, e que algoritmos criam a base de qualquer negócio e o DNA de qualquer empresa. Sabedoria convencional, que não é baseada em nenhuma pesquisa, vê o crescimento da AI como algo que provocará mudanças radicais e disruptivas em indústrias já estabelecidas nos próximos dez anos.

Além disso, nunca houve melhor momento para investir em AI do que agora. Investimentos focados na tecnologia cresceram 1800% em apenas seis anos. O motivo desses números é, em parte, o fato de que empresas esperam que a AI permita que elas entrem em novos setores ou que permaneçam competitivas em suas indústrias.

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Estrategistas acreditam que essa não será uma surpresa para CXOs (do inglês Chief Experience Officer ou diretor de experiências) e grandes tomadores de decisão, uma vez que o crescimento da adoção da AI e a proliferação da automação inteligente e intuitiva de algoritmos estimulam a criação de novas indústrias e negócios. No geral, eles criam novas oportunidades para monetização de negócios. No entanto, algumas questões surgem aos CXOs: como essas novas indústrias e negócios serão criados com a AI? Quais as mudanças estratégicas que os líderes podem fazer para monetizar essas oportunidades?

A criação de novas indústrias e segmentos depende de avanços dramáticos em AI, que a levarão do descobrimento à aplicação comercial a uma nova indústria. Novos segmentos que giram em torno de AI estão sendo desenvolvidos, mas estão longe de concluídos. Um olhar superficial da nova era de negócios inclui micro-segmentos, compras online hiper-personalizadas, companhias de carona movidas a GPS, canais de streaming baseados em recomendações, companhias de EdTech (educação e tecnologia) com aprendizado adaptável e trabalhos novos e controversos de AI. Mesmo assim, muito mais pode ser feito na área.

A adoção da AI traz à tona a tentativa de adaptação a algoritmos e como eles afetam o comportamento do consumidor e dos empregados. Os algoritmos vêm para ficar, e com eles, organizações precisam atualizar suas estratégias tecnológicas e suas metodologias para refletir como o mundo evolui. Essa necessidade vem se tornando cada vez mais uma obrigação.

Por outro lado, empresas tradicionais estão invertendo seus investimentos, processos e sistemas para se alinharem às mudanças do mercado. Com o foco no comportamento do consumidor, a AI está de fato trazendo aos negócios uma abordagem mais humana.

Atualmente, a inteligência artificial foca mais em aplicações comerciais que optimizem a eficiência de indústrias já existentes e menos em algoritmos patenteados que poderiam levar a novas indústrias. Essa eficiência acelera a consolidação e convergência de setores, mas não leva a criação de indústrias.

No entanto, o uso mais potente da inteligência artificial pode ser, a longo prazo, a descoberta e busca por soluções de novos problemas, mais complexos e que são a base de novas indústrias. Algumas empresas já perceberam a importância deste plano a longo prazo e usam seus investimentos em AI para isso. Ainda assim, poucas presenciam a inteligência artificial criando novos segmentos ou negócios. Os verdadeiros vencedores são aqueles na economia dos algoritmos são aqueles que alinham suas estratégias e criam sua inteligência artificial do zero, mantendo seus algoritmos fortes e redefinindo segmentos de negócios, monetizando novas oportunidades.

A inteligência artificial tem um potencial enorme de impulsionar a criação de novas indústrias e a disrupção das já existentes. O mapa para os líderes interessados nela não é fácil de seguir, mas traz grandes recompensas. Mudança exige muito esforço, mas a perseverança de um estrategista que usa AI é o mais importante traço, que cria um senso de urgência em face a novas possibilidades.

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