O lucro recorrente do Bradesco, que exclui itens únicos, foi de R$ 6,645 bilhões no quarto trimestre, ligeiramente acima da média da estimativa dos analistas feita pela Refinitiv, de R$ 6,508 bilhões.
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Uma expansão mais acelerada dos empréstimos também colaborou para o lucro maior do Bradesco. A carteira de crédito cresceu 4,6% no trimestre, principalmente por conta de empréstimos a pessoas físicas. O índice de inadimplência ficou em 3,3%, uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Ainda assim, as provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 19,3% no trimestre, alta que, segundo o Bradesco, se deveu aos maiores desembolsos para consumidores e pequenas empresas.
Apesar de a taxa básica de juros no Brasil ter atingido patamares historicamente baixos, a margem financeira, uma medida dos ganhos com empréstimos menos os custos com captação, aumentou 4,4% em relação ao ano anterior.
O banco disse que sua carteira de empréstimos deve crescer entre 9% e 13% em 2020, abaixo da expansão observada no ano passado. Mesmo assim, as provisões para perdas com empréstimos podem terminar este ano em R$ 16,5 bilhões, acima dos R$ 14,4 bilhões registrados em 2019.
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No último trimestre de 2019, o Bradesco fez provisões extraordinárias de cerca de R$ 3,5 bilhões para disputas principalmente cíveis e trabalhistas, aproveitando um ganho com créditos fiscais de R$ 6,4 bilhões.
Depois de publicar despesas operacionais acima do esperado em 2019, o Bradesco afirmou que pretende controlar os custos em 2020, que devem expandir não mais que 4%. No ano passado, a expansão foi de 7,2%.
No ano passado, o banco fechou 139 agências e lançou um programa de indenização como parte de um plano para combater despesas crescentes.
A diretoria do Bradesco também comunicou que decidiu na véspera submeter ao conselho de administração, que deliberará, em reunião a ser realizada em 17 de fevereiro, proposta para pagamento de dividendos complementares no valor de R$ 490,9 milhões.
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