Pereira referia-se ao conjunto de ações de proteção ambiental, social e cultural aos quais as companhias precisam se adaptar para se tornarem elegíveis a receber aportes de instituições financeiras e, assim, continuarem a crescer.
Reduzir os impactos da degradação da natureza provocado pelas gerações passadas é um desafio que acalora a discussão para a construção de um novo arranjo econômico. Segundo Karine Bueno, head do Santander, “investir em iniciativas que levem em consideração os impactos racial e de gênero e promovam a redução da desigualdade social é um desafio que precisa entrar na pauta do propósito de negócio das companhias”.
Para Francisco Gaetani, ex-Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério do Planejamento, coordenador geral do PNUD no Brasil, atual coordenador do mestrado profissionalizante de administração pública na FGV-EBAPE e presidente do Conselho do Instituto República, os “desafios são grandes, porém motivadores”.
A discussão passa pela inclusão da geração atual, com espírito mais coletivista do que a anterior, nas organizações, disse Silvio Dulinsky, representante do Fórum Econômico Mundial para América Latina em suas reflexões diretamente de Davos. O intuito é impactar e confrontar o modelo tradicional em que a visão é menos direcionada às questões de sustentabilidade.
Já os integrantes do Movimento Bem Maior, Eugênio Mattar, Rubens Menin e Elie Horn, chamaram atenção para atrair mais investimentos do setor privado para construção de novos projetos que visam filantropia. Além, claro, de vencer os entraves para capacitação social. Num mundo onde a maioria ainda não tem acesso à internet e conta com pouca interação com a tecnologia, a desigualdade social impera e há um vasto espaço que precisa ser ocupado pela filantropia, conectando as pontas.
É inegável que precisa existir, ainda, uma provocação de gênero mais profunda. Nos últimos anos, as empresas – principalmente as maiores – têm definido metas claras para destinar às mulheres cargos de liderança. Promover um ambiente corporativo em que elas ocupem, pelo menos, 30% dos cargos de diretoria é questão de responsabilidade rumo a uma sociedade mais igualitária.
Mas, afinal, qual o futuro do mundo? Disruptivo, certamente. Um lugar onde limitações sejam rompidas e horizontes ampliados. Com espaço para transformações profundas, capazes de promover um ambiente propício à integração dos investidores, empresários e filantropos. A aposta é que um verdadeiro instrumento de reconstrução de valores está por vir.
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