A agricultura vertical (também conhecida como fazenda vertical) é um mercado promissor. Segundo relatório da consultoria americana Grand View Research, publicado em abril, até 2025 o setor irá movimentar US$ 9,6 bilhões, valor que representa crescimento superior a 20% ao ano. Tal modalidade de produção favorece outro fato irreversível sobre o futuro: até 2050, cerca de 80% da população da Terra vai viver em centros urbanos.
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Para entender a proposta, é necessário entender o ecossistema, a parte crucial para o sucesso da produção, pois tudo é controlado: luz, temperatura e clima são precisamente definidos de acordo com o que está sendo produzido.
A brasileira Pink Farms, localizada em um galpão na Vila Leopoldina, em São Paulo, é especializada em folhosas e microgreens. A empresa foi fundada em 2017 por três sócios: Geraldo Maia e os irmãos Mateus e Rafael Delalibera. Com dois anos de funcionamento, é considerada a maior empresa do setor no país.
A produção mensal é de 2 toneladas por mês (o que representa 100% da capacidade da fazenda atual). Um ótimo negócio para o trio que começou a empresa com investimento próprio de R$ 130 mil e recebeu no último ano aporte de R$ 2 milhões, o que foi determinante para saírem do estágio de fazenda-piloto. “Nossa intenção para daqui a um ano é que esse número chegue a 11 toneladas/mês, já contando com os novos produtos, como rúcula, espinafre e manjericão, que são os próximos que vamos comercializar e que já estão em desenvolvimento”, conta Geraldo Maia. A linha atual é vendida em supermercados e restaurantes.
Para a próxima primavera europeia, Paris terá a maior fazenda urbana do continente. A futura fazenda vertical faz parte do projeto Parisculteurs, da empresa Agripolis, fundada por Pascal Hardy. Serão 14 mil metros quadrados com 30 tipos de planta. A expectativa é produzir 1 tonelada de frutas e vegetais na alta temporada.
Reportagem publicada na edição 73, lançada em dezembro de 2019
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