Esses números constam do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, apresentado na ontem (15), pelo governo ao Congresso. “Estamos estimando o oitavo ano de déficit primário em 2021. É algo inédito. Não tem similar na série histórica do Brasil e nem mesmo comparativamente no mundo. Pelo menos naqueles países em que há possibilidade de comparação direta”, disse o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.
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O déficit primário indica quanto o governo deve gastar acima da arrecadação do ano, sem contar os gastos com a dívida pública. Para pagar essas despesas acima da renda, a União precisa emitir mais títulos da dívida pública.
O endividamento brasileiro deve dar “um salto” nos próximos anos, segundo o próprio secretário, podendo fechar este ano entre 85,4% e 90,8% do PIB, patamares considerados elevados para países emergentes como o Brasil. Nos anos seguintes, essa proporção continuaria aumentando, mas em ritmo não tão veloz.
Reformas
“A gente não pode mais ter atraso nessa agenda”, disse Mansueto. “O ministro Paulo Guedes (Economia) vai tentar correr com todo o processo de privatização. Com o ritmo de economia muito incerto, teremos de fazer um esforço muito grande por receita extraordinária, e a melhor fonte é privatização.”
Diante das incertezas, o governo previu um mecanismo mais flexível para a meta fiscal do ano que vem e deixou a porta aberta para que o rombo possa ser alterado na própria formulação do Orçamento ou até mesmo durante a execução das despesas. A principal âncora da política fiscal será o teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação. Não será possível conceder novos benefícios tributários.
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As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”. (Com Agência Estado)
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