O aparelho também pode atrair mais usuários para os serviços da Apple, uma crescente fonte de receita para a empresa.
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Segundo a empresa, a linha SE busca atender quem busca um smartphone com tamanho menor, mais barato e de alta performance. O SE tem tela de 4,7 polegadas e o mesmo processador do modelo mais avançado da Apple, o 11 Pro. Porém, o aparelho não tem conectividade 5G nem o sistema de destravamento do aparelho via leitura da face do usuário. Em vez disso, o modelo tem sensor de impressão digital. Outro detalhe é a presença de uma câmera traseira com apenas uma lente – algo que até mesmo aparelhos Android de preço intermediário já deixaram para trás.
Todos os modelos anteriores do iPhone foram apresentados em eventos com grandes plateias, mas aglomerações estão proibidas na cidade que abriga a sede da Apple, na Califórnia.
Ben Bajarin, analista da empresa de pesquisa de mercado Creative Strategies, afirmou que a Apple provavelmente percebeu que muitos consumidores estavam comprando modelos mais antigos como o iPhone 8 em vez do novo 11 Pro, que custa US$ 999, “e grande parte disso provavelmente ocorre por causa do preço”.
O iPhone SE também tem um case de alumínio e vidro e virá nas cores preto, branco e vermelho e se parece muito com o iPhone 8, mas com melhores componentes. O tamanho da tela é o mais popular entre os modelos da Apple, que afirma que já vendeu 500 milhões de aparelhos com este tamanho.
Encaixe
Para analistas, o aparelho deve ser visto como um produto com potencial para atender a alguns tipos de consumidores. “Há um grupo de pessoas, cerca de 15% do total, que buscam telefones novos, mas que sejam pequenos e caibam na mão”, afirma Frank Gillett, vice-presidente de pesquisas da consultoria Forrester. Outra demanda específica, diz o analista, é a de empresas que buscam telefones corporativos e podem ter no iPhone SE bom custo-benefício. “São clientes que compram um celular pela segurança e usabilidade, não pela qualidade da câmera”, concorda Annette Zimmermann, vice-presidente de pesquisas do Gartner.
Para Annette, o lançamento deste iPhone SE não garante que tudo está bem na linha de produção da empresa de Tim Cook – hoje, boa parte da fabricação de produtos da Apple é feita na China, bastante afetada pelo coronavírus. “Pode haver problemas para suprir a demanda nos próximos meses e é bastante possível que vejamos um atraso no próximo iPhone”, afirma.
Tradicionalmente, a empresa lança aparelhos com grandes inovações na primeira quinzena de setembro. “É bastante improvável que vejamos um iPhone novo em setembro ou outubro”, reiterou o analista Daniel Ives, da Wedbush Securities.
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A Apple aceitará pedidos do novo aparelho por meio de seu site a partir de sexta-feira (17), com entregas a partir do dia 24. (Com Agência Estado e Reuters)
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