Desde março, a petroleira mandou para casa até 90% de seus 21 mil funcionários da área administrativa, de forma a conter a disseminação do novo coronavírus.
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O modelo a ser oferecido a funcionários está em discussão, assim como sua data de implementação.
A estatal está entre as primeiras empresas de energia a planejar uma migração ampla e permanente para o trabalho remoto.
Produtoras como Exxon Mobil, Royal Dutch Shell e BP estenderam seus períodos de trabalho em casa para a maioria dos funcionários de escritório enquanto a pandemia durar, mas não anunciaram grandes mudanças em caráter permanente.
O programa da Petrobras no momento não contempla pessoal operacional, como técnicos de plataformas e de refinaria.
A companhia disse que a migração para trabalho remoto será opcional, com meta de atingir mais de 10 mil funcionários da área administrativa.
A Petrobras espera alta adesão devido à demanda dos próprios trabalhadores.
A Petrobras já discutiu com gerentes a possibilidade de retorno parcial de funcionários aos escritórios. Mas ainda não há data prevista para retornar à sede, disse a empresa.
ROTAÇÃO
Trabalhadores de pelo menos dois departamentos estão discutindo um possível sistema de rotação entre os funcionários, no qual eles passam uma semana no escritório e uma semana em casa.
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Embora a decisão esteja tomada, a empresa ainda estuda diferentes modelos para mover quase um quinto de seus 46,4 mil funcionários para o trabalho remoto.
A ideia já foi ventilada também na subsidiária de transporte Transpetro. A medida deve ser aplicada prioritariamente em operações da Petrobras no Brasil, já que boa parte do efetivo no exterior é operacional.
Desta forma, funcionários que optarem por trabalhar de casa poderiam ir ao escritório esporadicamente de acordo com sua necessidade, sem ociosidade do espaço de trabalho.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, está em uma cruzada para reduzir custos desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019.
No ano passado, ele anunciou um plano de corte de custos de US$ 8,1 bilhões até 2023, incluindo programas de demissão e redução de espaço de escritório.
Em Houston, a empresa manteve operação, mas reduziu o espaço de seis para um andar de um prédio corporativo.
Em 2013, antes da crise gerada pela queda do preço do petróleo no mercado internacional e pela Lava Jato, a Petrobras tinha diversos prédios no centro do Rio, próprios e alugados, para acomodar um efetivo duas vezes maior do que o atual.
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Em reação à queda dos preços do petróleo, a empresa rapidamente cortou o valor de seus ativos para refletir uma expectativa mais baixa do valor da commodity no longo prazo, um movimento seguido pela BP nesta semana. (Com Reuters)
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