“Estamos ansiosos para a 2ª fase do projeto de e-commerce com o Magalu”, diz VP de Ruminantes da DSM

11 de maio de 2021
Divulgação/DSM

Sérgio Schuler, da DSM, diz que o e-commerce da companhia vem sendo construído também atender os pequenos e médios produtores

Junho do ano passado foi um mês histórico para a DSM, detentora da marca Tortuga, uma das principais marcas de produtos para nutrição animal no Brasil. Naquele mês, a subsidiária da multinacional holandesa deu um passo ousado e alinhado com a frenética digitalização pela qual passam serviços e produtos: o e-commerce. Nesse caso, o casamento foi com um dos maiores marketplaces do país, o Magalu, rede que nasceu como varejista de eletrônicos e móveis, e que nunca teve sua imagem identificada com o agronegócio. Mas os tempos são outros e DSM quer ir em frente nessa parceria, para uma segunda fase do projeto. “Hoje, o Magalu faz a venda e nós distribuímos. E isso limita muito o acesso dos produtores, porque tem um mínimo de 1.500 quilos por compra”, diz o zootecnista Juliano Sabella, diretor de marketing Ruminantes Brasil da DSM.

O plano da companhia é vender rações e suplementos dietéticos em porções menores, em sacas de 30 quilos, para aumentar a capilaridade e atingir pequenos e médios produtores rurais. “Então, para o produtor comprar no Magazine Luiza, precisa adquirir o mínimo de 50 sacos para atingir aquele mínimo. Para o produtor pequeno, às vezes a quantidade é muito grande para usar em 3 ou 4 meses. A ideia é permitir que aquele produtor com 5 ou 10 vacas consiga comprar no e-commerce”, diz Sérgio Schuler, vice-presidente de Ruminantes da DSM. “Estamos ansiosos para começar a segunda fase do projeto de e-commerce com o Magalu, mas a pandemia acabou atropelando o planejado.” A DSM global, uma gigante que também atua em nutrição e saúde humana, anunciou hoje (11) que fechou o primeiro trimestre de 2021 com € 2,19 milhões em vendas, 7% acima que o mesmo período de 2020. Em todo o ano passado foram € 8,10 bilhões.

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O Brasil tem 5 milhões de propriedades rurais, a maior parte delas justamente médias e pequenas fazendas, sítios, cabanhas e chácaras. Desse total, 2,5 milhões de propriedades possuem bovinos em sistema de cria, recria, engorda ou o ciclo completo. Schuler explica que, embora a parceria DSM-Magalu seja um projeto anterior à pandemia, houve um aumento da demanda geral da rede varejista por outros negócios. “Então, a expansão para o agronegócio foi desacelerada”, afirma Schuler. “Mas estamos prontíssimos para a segunda fase e agora depende mais do Magalu. Estamos nessa fase de negociação e queremos acelerar o mais rápido possível.”

Refazer os planos e retomar em um próximo período tem um componente fortíssimo do peso da rede varejista no e-commerce, que foi turbinado nesses tempos de Covid-19. De acordo com a plataforma Similarweb, entre os sites mais visitados de comércio eletrônico no Brasil, a Magalu está em quarto lugar, atrás de Mercado Livre, Americanas e Amazon. No ano passado, a página de e-commerce da Magalu recebeu 937,6 milhões de visualizações, 75,6% acima de 2019, um total de 546,4 milhões de visualizações. Já o mercado nacional de rações e suplementos para animais comercializou 81,5 milhões de toneladas de produtos em 2020, um aumento de 5% ante 2019, de acordo com o Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal).

Para que a segunda fase com o marketplace Magalu funcione para os médios e pequenos produtores, a DSM está reformulando a logística de entrega dos produtos. “A gente está ansioso para essa nova etapa, mas estamos aprendendo muito sobre como lidar com e-commerce e um público diferente”, diz Sabella. No atual modelo, com o mínimo de 1.500 quilos de produtos, o Magalu vende e a DSM faz a entrega nas fazendas. Em pequenas quantidades, o Magalu também tomará conta dessa distribuição. “Facilita muito o acesso ao produtor. Por isso, nessa segunda fase, a gente acredita que consiga alavancar ainda mais fortemente a ferramenta de e-commerce”, acredita Schuler.

Para o Magalu assumir a operação, a DSM estuda a malha logística, os custos e os centros da própria Magalu em que irá se apoiar. Hoje, além das grandes quantidades serem distribuídas pela própria empresa, os produtos Tortuga estão em cerca de 3.000 pontos de revenda e em cooperativas, canais que permanecerão ativos e paralelos ao e-commerce.

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