Farmácias do Uruguai se recusam a vender maconha

8 de julho de 2016

iStock

A partir das próximas semanas, as farmácias do Uruguai poderão comercializar maconha para uso recreativo. Os pacotes com até 10 gramas não ficarão expostos nos locais e só serão vendidos mediante cadastro prévio do consumidor.

VEJA MAIS: Componente ativo da maconha pode prevenir Alzheimer, diz estudo

Rossana Rilla é dona de uma farmácia em Montevidéu, capital do país e é um dos muitos comerciantes que se recusam a vender a erva em suas lojas. Durante seus 28 anos na profissão, ela já apanhou, foi arrastada pelo chão da loja e ameaçada com uma arma na cabeça por assaltantes – seu medo é que a violência piore com a chegada do produto.

Em entrevista à CNN, a comerciante contou que é possível identificar os que não vêm somente pelos 10 gramas. “Consigo ver pela cara com que eles perguntam se eu vendo a erva.”

E AINDA: Conheça o homem que apostou na maconha e fez uma fortuna

Ela não é a única que se recusa a vender. A maioria dos farmacêuticos do país reclama da burocracia, do aumento dos gastos e da oposição de alguns clientes com farmácias que vendem o produto.

A legalização do cultivo e da venda da planta foi em 2013, o primeiro país no mundo a regularizá-la. O objetivo é combater o aumento dos homicídios relacionados ao tráfico de drogas. Por enquanto, somente 50 de 1.200 farmácias estão registradas para começar a vender os 10 gramas.