A Ásia, em particular, vai explorar um território novo. De acordo com o relatório, essa será a primeira transferência bilionária nas economias asiáticas mais jovens, onde estima-se que 85% dos bilionários fizeram sua própria fortuna.
“Eles estão preparados? Essa é a questão. Na região da Ásia, eles aprenderam com as lições dos mercados mais maduros do mundo, e eles possuem os aspectos culturais necessários para mantê-los?”, questionou John Mathews, diretor de gestão de riqueza privada e patrimônio líquido da UBS Wealth Management Americas.
Ao todo, a USB, empresa global que presta serviços financeiros, e a PwC, prestadora de serviços de consultoria para empresas, estimam que 40% dos bilionários que eles rastreiam estão acima dos 70 anos e provavelmente passarão suas fortunas até 2040. Isso representa 48% dos bilionários dos Estados Unidos (que juntos representam US$ 1,1 trilhão), 50% dos bilionários europeus e (US$ 600 bilhões), e 20% da fortuna dos asiáticos (US$ 300 bilhões).
O que acontecerá com todo esse dinheiro é uma preocupação atual. “A fortuna pode ser muito fugaz. Planejamento é algo absolutamente essencial. E isso se torna cada vez mais difícil com o passar das gerações”, afirmou Mike Ryan, chefe de investimentos estratégicos da UBS dos Estados Unidos. Como diz o famoso ditado, “a primeira geração cria a riqueza, a segunda gasta e a terceira a destrói.” A transferência cria muitas chances dessas fortunas acabarem. Estes herdeiros estão, muitas vezes, mais interessados em filantropia ou em buscar suas próprias paixões do que preservar os negócios da família.
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O relatório sugere que os bilionários sigam o exemplo dos europeus, salientando que, embora a Europa não seja líder na criação de riqueza, o continente tem feito o melhor trabalho na preservação da riqueza.
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É claro que a UBS tem muito a ganhar com essa previsão. O banco suíço continua a enfatizar seus serviços de gestão de fortunas, especialmente nos Estados Unidos onde praticamente metade dos seus clientes estão – que juntos possuem US$ 2,1 trilhões – e onde FORBES estima que muitos dos bilionários que fizeram sua própria fortuna vivem. Coincidentemente, essa é a mesma quantia que será passada para os herdeiros em 2040. Para fazer isso, seu serviço de mercado é especializado em clientes milionários, e eles estabelecem uma complexa confiança e educação para os herdeiros ou cônjuges para preservar a fortuna. A USB afirma que possui uma conta bancária com um entre três bilionários ao redor do mundo.