Em um relatório divulgado na noite do último domingo (22), a Samsung detalhou as falhas no projeto e na fabricação da bateria do telefone móvel, danos que provavelmente causaram a crise.
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Tim Baxter, CEO e presidente da Samsung Electronics America, classificou a iniciativa como um dos primeiros recalls digitais. A companhia, que mandou mensagens de texto e emails para comunicar o recolhimento, trabalhou em parceria com as operadoras de telecomunicações para desenvolver uma atualização de software capaz de desativar a capacidade de carregamento do Galaxy Note 7, tornando-o inútil como telefone. Além disso, quando o Departamento de Transporte (DOT) baniu o Note 7 das aeronaves, equipes de funcionários da Samsung foram enviados aos aeroportos para ajudar os consumidores e coletar os aparelhos.
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DJ Koh, presidente da divisão de dispositivos móveis da Samsung Electronics, afirmou em uma entrevista com analistas da indústria que “a inovação é importante para a Samsung, mas a segurança dos nossos clientes é ainda mais importante. Nós queremos restabelecer a confiança na marca”. Para conseguir isso, a empresa precisou identificar a causa do problema do Galaxy Note 7 e aplicar essa lição no desenvolvimento dos próximos produtos. Na conferência de ontem, realizada na Coreia do Sul, a Samsung revelou as ações que serão tomadas para remediar a situação e os resultados oficiais de suas investigações sobre o problema.
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Em resumo, baterias de dois diferentes fabricantes apresentaram falhas. Uma delas, a Bateria A, tinha uma deformação no eletrodo negativo. A segunda, a Bateria B, mostrou problemas com rebarbas anormais de soldagem por ultrassom. Por fim, a causa principal dos danos foi diferente em cada uma das baterias, mas o resultado foi o mesmo: um pequeno subconjunto de pilhas poderia superaquecer e pegar fogo.
A empresa formou um grupo de aconselhamento sobre baterias que inclui integrantes de várias universidades e consultores especializados. E, com base no que aprendeu com a investigação, implementou uma gama de novos processos internos de qualidade para garantir a segurança do produto, com protocolos adicionais, como o controle de oito pontos de segurança da bateria. Entre eles, estão testes de durabilidade, inspeção visual, teste de raio-x, teste de desmontagem, teste TVOC (para detectar fugas no componente da bateria e completar os níveis do dispositivo), teste ΔOCV (que inspeciona as condições da bateria ao provocar mudanças de voltagens), teste de carregamento e descarregamento e teste de uso acelerado.
A companhia também anunciou que vai contribuir com o processo ao testar baterias de íon de lítio para vários órgãos globais de padronização – atitude que permite que outros fabricantes de smartphones possam pedir as mesmas inspeções. Se as especificações fossem apenas para a Samsung, os fabricantes de bateria poderiam não aderir às exigências.
Todo esse cenário provocou mudanças na indústria. Os consumidores da marca vão obter celulares melhores daqui pra frente, devido às atualizações de softwares, à melhoria das baterias e à revisão dos processos. O mercado, como um todo, ganhará dispositivos mais seguros. A Samsung, graças aos três meses de trabalhos intensos, pode acelerar o lançamento de seus próximos produtos.
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