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“Na Europa Oriental, a qualidade é tão boa quanto em qualquer parte do mundo onde se produzam bons vinhos. É a última parte inexplorada do universo vinícola”, diz a enóloga Caroline Gilby, do Reino Unido, expert na região. Caroline, que abandonou uma carreira como cientista botânica, em meio a um doutorado, para trabalhar com vinhos, lançou recentemente Os Vinhos da Bulgária, Romênia e Moldávia, livro com histórias, fatos e história relacionados a rótulos exclusivos desses três países.
Desde que chegou à região, a situação mudou muito. Quando o comunismo caiu, no final dos anos 80, cada país reagiu de uma diferente. A Moldávia, indiscutivelmente mais marcada pelo regime porque estava dentro do bloco soviético, é até hoje a mais avançada em entender a necessidade de trabalhar em conjunto, de se comunicar em conjunto e de desenvolver uma estratégia de marketing global.
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No final da década de 1980 e meados da década de 1990, a Bulgária e a Romênia estavam à frente dela, como grandes exportadoras de vinho para a Europa. Por razões complexas, esse comércio caiu. A Austrália veio e preencheu a lacuna, passando a fornecer vinhos confiáveis, baratos, alegres e consistentes para a Europa — geralmente, vermelhos. Mas nos últimos três, quatro anos ressurgiu um interesse real pelos vinhos da Europa Central e Oriental.
Variedades de uvas e vinhos do leste europeu:
Romênia e Moldávia
Feteasca Alba – (White Maiden) – branco usado para vinhos tranquilos e espumantes, inclui aromas cítricos e damascos
Feteasca Regala («Royal Maiden») – branco também cultivado em partes da Hungria e da Áustria, seco e ácido com aromas florais
Negru de Dragasani – cultivado na Romênia com sabores de frutas pretas, cerejas e especiarias
Viorica – branco da Moldávia, elegante com ervas e aromas de limão
Bulgária
Mavrud – vermelho produzindo vinhos de cor profunda que são tânicos, picantes e envelhecem bem
Gamza – vermelho (também conhecido como Kadarka) que faz vinhos frescos, leves e frutados