A aposta do Bradesco em inteligência artificial

31 de março de 2019
Divulgação

Maurício Minas encabeça o aprimoramento da plataforma Bradesco Inteligência Artificial (BIA)

Um avanço significativo em inteligência artificial está entre as prioridades do Bradesco para 2019. O banco quer usar a tecnologia para aperfeiçoar a experiência de seus 71 milhões de clientes e alcançar um aumento expressivo em vendas via canais digitais nos próximos anos. Essa é a meta anunciada à FORBES por Maurício Minas, vice-presidente executivo do banco.

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Minas encabeça o aprimoramento da plataforma Bradesco Inteligência Artificial (BIA), que começou a ser desenvolvida há quatro anos e agora atravessa um novo estágio de evolução para atender aos objetivos estratégicos do banco. “Acreditamos que a BIA será o motor de um aumento substancial na percepção de valor do cliente Bradesco. Hoje, ela já é parte integrante de qualquer interação, e no próximo ano, veremos negócios mais complexos sendo feitos nessa plataforma”, afirma o VP.

O poder da plataforma de inteligência artificial do Bradesco, que inclui tecnologias como o Watson, da IBM, se traduz na experiência do cliente nos canais digitais – principalmente o app, que hoje representa 60% das interações de clientes com o banco.

Atualmente, 90% dos serviços do banco já estão disponíveis via app, mas o volume de vendas realizadas via celular hoje está em torno de 20% a 30%. “É ainda um volume baixo. Queremos aumentar as vendas neste canal”, diz Minas, acrescentando que o objetivo é alcançar o índice de 50% no próximo ano.

Para isso, ele pretende fazer com que a plataforma automatize mais processos e desempenhe funções mais sofisticadas, como consultoria de investimentos. O executivo também almeja aprimorar a BIA para facilitar a interação com clientes, independentemente de suas habilidades digitais.

Essa “desmaterialização” da tecnologia – com recursos integrados à BIA como a Alexa, assistente de voz da Amazon que usa inteligência artificial, bem como a Cortana, da Microsoft – é apontada pelo VP como prioridade e também um dos maiores desafios de sua equipe nos próximos meses.

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“Nosso app hoje é complexo e tem inúmeras funcionalidades, mas às vezes a navegação é difícil, pois exige
uma certa experiência que o cliente mediano não tem – e nem deveria ter. A inteligência artificial fará com que o app seja mais lúdico e a porta de entrada das operações digitais”, ressalta. Ele ainda enfatiza que a intenção é que o Bradesco seja em 2019 o banco que oferece a melhor experiência para o cliente no mercado. “Esperamos que a BIA seja o caminho natural para as pessoas transacionarem conosco”, diz.

O Next, banco digital do Bradesco, desempenha um papel central nos esforços da empresa em aumentar as vendas via canais digitais e também se beneficia dos avanços em inteligência artificial. O novo banco, cuja oferta é centrada no celular, pretende oferecer mais fundos de investimentos e linhas de crédito voltadas ao público nativo digital, com atendimento apoiado pela plataforma BIA. “Espero que o Next seja o maior banco digital do Brasil no próximo ano ou, no mínimo, esteja entre os três primeiros. É um mundo em que the winner take the most, ou seja, haverá poucos vencedores, e eu espero que sejamos um deles”, afirma o executivo.

Reportagem publicada na edição 64, lançada em janeiro de 2019

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