- Henry Ward é o CEO e fundador da Carta, uma startup de grande sucesso que arrecadou centenas de milhões de dólares dos principais capitalistas de risco;
- Depois de falhar, Henry aprendeu os segredos do bom empreendedorismo;
- Atualmente, a startup conta com escritórios em sete cidades ao redor do mundo, incluindo o Rio de Janeiro.
A jornada do empreendedorismo pode ser mais do que uma maratona. Saber quando desistir ou quando persistir é uma arte. Definir quando aumentar o financiamento é praticamente um jogo. Henry Ward é um empresário que sabe muito sobre tudo isso.
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Henry Ward é o CEO e fundador da Carta, uma startup de grande sucesso que arrecadou centenas de milhões de dólares das principais empresas de capital de risco. Mas nada disso foi fácil e o caminho foi longo.
Como um ciclista apaixonado, Ward mudou-se para Paris para andar de bicicleta e fazer seu mestrado em financiamento do mercado de capitais. Logo foi recrutado por empresas nos Estados Unidos, onde trabalhou para várias desenvolvedoras de software por quase oito anos, incluindo a Trilogy e a SAP. Depois disso, tomou finalmente seu caminho rumo à área da baía de São Francisco, na Califórnia.
O empreendedor começou então sua própria empresa, a Secondsight, um conjunto de ferramentas para banqueiros de investimento e investidores de varejo que tentavam descobrir o que fazer com o dinheiro da aposentadoria.
Apesar de todo o esforço dedicado ao negócio, Ward fracassou, mesmo depois de conseguir um financiamento de US$ 500 mil. Esse termo de compromisso dependia do levantamento de outros US$ 250 mil, para fechar a rodada. Mas esse valor nunca apareceu. Ward estabeleceu um prazo difícil e, caso não conseguisse clientes ou levantasse o restante do dinheiro, desistiria. Ele acabou desistindo.
O grande problema era que, depois de ter sentido o gostinho do empreendedorismo, ele já não conseguia mais se imaginar fazendo outra coisa. Mas tinha certeza de que não queria voltar a trabalhar para outra pessoa. Hoje, Ward é extremamente grato por aquele fracasso, pois, sem ele, jamais estaria dirigindo sua startup hoje.
Depois de passar vários meses em busca de novas ideias, Ward perdeu a empolgação. Foi então que um investidor, que havia se oferecido para apoiar seu empreendimento anterior, trouxe a ideia do que viria a se transformar na eShares e, em seguida, na Carta.
Nós aprendemos tanto com o fracasso que ele pode nos ajudar a seguir em frente e atingir o próximo patamar. Após sua primeira tentativa de startup, Ward sabia o que não fazer nos primeiros 18 meses da nova empresa. Contudo, tinha certeza do que era essencial: estar rodeado de engenheiros de produto competentes, saber lidar com os ajustes do mercado e aprender a falar com os investidores.
Se tivesse que recomeçar, Ward afirma que passaria muito mais tempo pensando e analisando uma ideia antes de investir nela. Segundo ele, deve-se gastar muito tempo conversando com clientes em potencial, mas também com investidores, para definir e refinar o modelo de negócios, a estratégia de conquista dos consumidores e a defesa da empresa.
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Captação de recursos
Henry descreve o processo de captação de recursos como um desafio para os empresários. Um campo de treinamento ou de fogo que você tem que atravessar sozinho.
O investimento inicial da Carta foi de US$ 1,8 milhão. A Série D, por sua vez, foi de US$ 80 milhões. Um total de US$ 147,8 milhões já foram levantados até o momento. Os investidores incluem a Meritech, a Tribe Capital, a Union Square Ventures, a Spark Capital e a Menlo Ventures.
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No entanto, Ward diz que houve muitos dias difíceis e muitos “nãos”. Talvez umas 70 desistências de investidores anjos só na Série A. Ele falou com mais de 30 fundos antes de obter um único termo de compromisso. E tudo isso apenas nessa startup. Na anterior, ele conta que passou por cerca de 200 abandonos de investimento.
Mas, então, o que mudou? Como deixar para trás uma série de recusas e conquistar investidores?
Mas a persistência também ajuda, claro. A arte é saber exatamente quando e como continuar ou quando e por que desistir.
Você não pode se perder em sua função atual. Como diz Reid Hoffman, cofundador do Linkedin, sempre que você está levantando dinheiro, é preciso se concentrar em como será seu próximo passo.
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Em 10 de janeiro, uma empresa em Austin, Texas, pagou US$ 120 para emitir seus primeiros cinco ou seis certificados de ações. A equipe ainda estava cruzando os dedos, observando o registro de saída do Stripe para ver se eles recebiam ou não. A Carta alavancou a partir daí.
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