Como o Firework pretende mudar as plataformas de vídeo e ser a nova rede social multibilionária

30 de setembro de 2019
Divulgação

O firework entra no mercado para concorrer com serviços como o Youtube e o Tik Tok

Resumo:

  • Quatro líderes do novo aplicativo de vídeos Firework contam como ergueram a empresa e como se mantêm competitivos no mercado;
  • O Firework juntou experiências de profissionais de diferentes áreas para criar novos mecanismos para a rede social;
  • Os diretores da empresa dizem se orgulhar do que os diferencia de seus concorrentes.

“Nós mantemos a qualidade do nosso conteúdo.”

Para Vincent Yang, CEO e fundador do Firework, é isso que diferencia a nova plataforma de vídeos online de suas concorrentes do mercado.

LEIA MAIS: Cofundador do Facebook fala contra a rede social

Com um currículo estritamente tecnológico, Yang juntou seu entendimento de inteligência artificial e algoritmos à experiência de Cory Greiner, que veio do Snapchat e agora é CRO (head de receita) do Firework, e Jerry Luk, COO (diretor de operações) da empresa, que veio do Linkedin, onde ajudou a criar o Linkedin Mobile

“Aprendi com Reid Hoffman (cofundador do Linkedin) a contratar pessoas como se minha vida dependesse disso e a confiar que elas farão a coisa certa”, conta Luk. “Contratamos os talentos certos, que terão não somente as habilidades corretas, mas também a mentalidade de uma startup.”

Como startup, o Firework arrecadou US$ 100 milhões em investimentos para seu lançamento. De acordo com Yang, em menos de um ano a empresa já havia conseguido dezenas de milhões de dólares. Seus principais investidores vieram do Vale do Silício, entre eles, as firmas de capital de risco IDG Capital e a Lightspeed, a primeira grande investidora do Snapchat.

O CEO explicou que o que torna o Firework tão atraente é sua nova liderança no novo mercado. “Nos Estados Unidos, o setor de tecnologia não vê uma nova rede social há ao menos cinco anos. Nós temos a chance de ser a mas nova rede social multibilionária.”

Nos planos de Yang, o capital do Firework se tornará público daqui a um período de três a cinco anos.

Criando raízes na América Latina

Os diretores da empresa veem na América Latina um mercado em potencial, principalmente no Brasil. Um dos motivos para isso é a grande população, que também se engaja com novas tecnologias em grandes números.

Para Lucas Alves, cofundador e head da Firework no Brasil, o segredo está na adaptação do serviço para o público local. “No Brasil, por exemplo, vídeos de viagem funcionam melhor”, ele explica.

A plataforma foi lançada online em janeiro deste ano e chegou ao Brasil em maio. De acordo com Alves, dos quase três milhões de usuários do Firework, aproximadamente 250 mil são brasileiros. Em relação aos produtores de conteúdo registrados no aplicativo, o Brasil têm centenas, comparado ao número norte-americano que, de acordo com os diretores da empresa, vai de 2.000 a 3.000.

Divulgação

Lucas Alves, cofundador e header do Firework do Brasil

As individualidades do Firework

Um dos pontos fortes mais apontados pelos diretores da empresa é a tecnologia por trás da qualidade do conteúdo de seus vídeos. Yang se orgulha do algoritmo do Firework, que entende as preferências dos usuários de uma maneira que vai além dos outros aplicativos do mercado. A empresa conhece bem seu público, que é relativamente maduro — 85% dos usuários têm mais de 18 anos — e trabalha para trazer melhorias específicas para tal.

Além disso, o relacionamento entre criadores de conteúdo e a plataforma também difere de seus concorrentes. O aplicativo é gratuito e Yang não tem planos de criar planos pagos, mas mesmo assim a plataforma faz questão de compensar seus criadores. De acordo com Yang e Alves, a renda vem de anúncios – que rodam a cada sete vídeos assistidos- , ou do e-commerce, que dá aos usuários a possibilidade de comprar produtos vistos nos vídeos.

A plataforma tem dado frutos para o que Greiner chama de “criadores cotidianos de talento extraordinário”. “[Os criadores] são vistos de forma orgânica. Um exemplo são as irmãs Meidells, que tinham um total de 2.300 visualizações no Youtube desde de setembro de 2017. No Firework, elas têm uma média de 7.000 visualizações por semana, e conquistaram mas de 69 mil seguidores em menos de um ano”, pontua.

Yang credita esse sucesso ao algoritmo que seleciona e “revela a verdadeira criatividade dos criadores.” A plataforma tem principalmente vídeos de esportes radicais, viagens ou música. “Pense nas pessoas dublando no Tik Tok, por exemplo. Nós não fazemos isso”, diz Yang.

Um mecanismo do Firework que fomenta essa criatividade é o Reveal, que permite que a pessoa filmando use seu celular na horizontal e na vertical em um mesmo vídeo, e a filmagem acompanha as mudanças, tornando a experiência mais interativa para quem assiste e mais dinâmica para quem produz.

Trazendo as novidades, o Firework vê sua presença no Brasil como o primeiro passo da sua expansão global.

Siga FORBES Brasil nas redes sociais:

Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn

Tenha também a Forbes no Google Notícias