Porque o bitcoin pode alcançar a marca dos US$ 50.000 em 2020

7 de janeiro de 2020
Getty Images

Mesmo com baixa no último semestre, valor do bitcoin subiu no último ano

O preço do bitcoin esteve em queda durante a segunda metade do ano passado, mas, ainda assim, seu valor dobrou em um ano. Na verdade, apenas duas outras criptomoedas se saíram melhor do que o bitcoin em 2019.

Na manhã de sexta-feira (3), Antoni Trenchev, cofundador da instituição financeira para bens digitais Nexo, disse a Matt Miller, repórter da “Bloomberg”, que acredita que o bitcoin pode chegar à marca dos US$ 50.000 em 2020. “Acho que a criptomoeda pode chegar a esse valor até o fim do ano.”

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A Nexo, plataforma de Trenchev, permite que os usuários façam empréstimos de moedas fiduciárias usando suas criptomoedas. De acordo com pesquisadores e analistas da empresa, um crescimento enorme no valor do bitcoin pode acontecer por conta do futuro “halving”. O “halving” acontece quando a quantidade aproximada de bitcoins gerados pela rede é cortada pela metade, a cada quatro anos aproximadamente. “Da última vez, o preço do bitcoin subiu em aproximadamente 4.000%,” explicou.

Trenchev também esclareceu que, na maioria das vezes, o bitcoin não tem correlação com o resto do mercado, o que provoca retornos assimétricos para os detentores da criptomoeda.

Para o jornalista, o bitcoin ainda não é muito visto como opção de pagamento – ele tentou sobreviver usando apenas a criptomoeda em 2012, para uma reportagem da “Bloomberg”. Mas Trenchev afirma que os propósitos da criptomoeda evoluíram desde então. “A ideia original era: vamos pagar nosso café com bitcoin,” diz. “Mas, obviamente, isso não aconteceu. A narrativa mais persuasiva agora é de que o bitcoin é o novo ouro, e estamos vendo os resultados – o preço do bitcoin acompanha o preço do ouro.”

Trenchev também diz que o bitcoin alcançará os US$ 50.000 caso a criptomoeda consiga tomar 10% do mercado do ouro. O cofundador da Nexo ressalta ainda que, provavelmente, as pessoas só conseguirão comprar frações muito pequenas de bitcoin – os chamados “satoshis” – para seus portfólios.

Integrantes da indústria cripto não são os únicos de olho no potencial do bitcoin. Membros do Congresso norte-americano também veem um mundo onde essa tecnologia se tornará dominante na sociedade. O congressista Patrick McHenry, da Carolina do Norte, afirmou que a criptomoeda tem um enorme valor a longo prazo, e o congressista Brad Sherman, da Califórnia, preocupa-se com o impacto do bitcoin sobre o dólar como a principal moeda de reserva do mundo.

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