Com pouco mais de seis meses de vida, o primeiro centro de inovação do Brasil focado em cannabis quer conectar o meio acadêmico com startups, investidores e influenciar políticas públicas para fazer o setor deslanchar. A empresa abriu inscrições para seu primeiro programa de aceleração, e pretende atrair startups nacionais e de outros países.
“A indústria nacional é extremamente nova, mas está dando passos grandes e temos a expectativa de que este ano trará uma evolução significativa, por conta da recente deliberação da Anvisa [que autorizou a venda de medicamentos baseados em cannabis em dezembro] “, aponta Alex Lucena, sócio e head de inovação no The Green Hub. “Tivemos um mega avanço – 2020 não é o ano das startups [de cannabis]: é um ano histórico, de construção da indústria.”
“Segundo Lucena, a TGH espera ver modelos de negócio baseados em uma vasta gama de possibilidades, que incluem não só medicamentos, mas cosméticos, suplementos alimentares, bebidas e vestuário. O head de inovação estima que, nos próximos três anos, estas ideias devem se tornar geradores de lucro significativo. A ideia para o exercício de aceleração inicial é atrair pelo menos 10 startups. Porém, o “sonho dourado” da aceleradora é criar empresas de valuation bilionário: “Queremos unicórnios, mas precisamos de massa crítica e ter mais startups atuantes nesse segmento. Para isso, vamos criar valor e ter um trabalho muito corpo-a-corpo com elas.
Interesse internacional
Lucena estima que pelo menos 30% das empresas que passarão pela aceleradora nos próximos dois anos serão estrangeiras. A Green Hub também quer ter participações nas startups em sua rede, mas o sócio da empreitada diz que isso dependerá da necessidade de cada empresa.
“Queremos também ajudar empresas a pivotar: uma startup da área de educação, por exemplo, pode encaixar o tema cannabis, abrindo um oceano azul que o fundador nem estava olhando até então”, acrescenta.
A oportunidade vai além do mundo das pequenas empresas. Segundo Lucena, o centro de inovação também tem recebido abordagens de grandes players atuantes no setor em outros mercados, que querem se estabelecer no Brasil: “Temos falado com muitas empresas internacionais, não só startups, que estão interessadas no processo de abertura [do mercado de cannabis] brasileiro e nos enxergam como um parceiro local”, conta Lucena, que espera intensificar a atuação desse braço de consultoria do negócio nos próximos meses.
A The Green Hub usa benchmarks internacionais, em particular modelos em uso em países como Estados Unidos, Canadá e Israel, onde existem diversos centros de inovação focados exclusivamente em cannabis.
No Brasil, o centro já engajou organizações como a BioMinas, que promove negócios em ciências da vida, e o Instituto D’Or, da Rede D’Or, para avançar estas temáticas. “Nossa proposta é de ser um conector das pontas do ecossistema”, diz Lucena.
Quebrando tabus
Apesar das possibilidades animadoras, existem muitos desafios com relação à cannabis no Brasil, mesmo quando não se fala no uso recreativo. O maior entrave é regulatório, e a TGH quer se posicionar como um influenciador de políticas públicas para facilitar o desenvolvimento do mercado.
Segundo Lucena, a TGH acompanha de perto a movimentação em Brasília nesse sentido e quer fazer mais. Um dos motivos para isso é buscar uma redução de risco para quem quer investir no setor. “Imagine uma empresa que fazendo toda uma movimentação de investimento no mercado brasileiro e daqui a pouco as regras mudam: essa incerteza não é boa para ninguém”, ressalta.
O outro desafio é educar o público-alvo possível para produtos baseados na planta, que incluem empresas, médicos e consumidores finais. Para isso, a empresa tem um braço dedicado a educação, o Centro de Excelência em Canabidiol (CEC), que já tem uma base em Santo André (SP) e abrirá outra no Rio de Janeiro em 27 de janeiro.
“Precisamos educar a população para quebrar tabus, a classe médica para ter mais firmeza para prescrever [produtos baseados em cannabis] – quando trazemos a conversa para um nível de entendimento maior, as pessoas baixam a guarda”, diz Lucena.
“Claro, estamos falando de geração de lucro, mas o objetivo final é que a cannabis traga uma melhor qualidade de vida para as pessoas e que, principalmente, todos tenham acesso a estas ofertas”, acrescenta. “Nesse movimento tem muita gente jogando contra mas, felizmente, o time que joga a favor é muito maior.”
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Brasil pode ficar para trás na corrida por avanços em IA
Uma consulta pública está aberta para a criação do Plano Nacional de Inteligência Artificial. Através da plataforma para contribuições, o governo brasileiro quer opiniões sobre como a IA pode resolver os maiores problemas do país e identificar áreas de foco para o desenvolvimento de sistemas, bem como os limites para tal. A consulta estará aberta até 31 de janeiro.
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A startup de terapia online Vittude organiza no dia 21 de janeiro, o Cubo Mental Health Day, evento focado em discutir o tema da saúde mental em organizações. Temas em pauta incluem o desenvolvimento da inteligência emocional e resiliência, bem como fatores que ocasionam o estresse e o burnout no escritório.
A programação também inclui um bate papo entre a fundadora da Vittude, Tatiana Pimenta, e os sócios da Redpoint eventures (e investidores da startup), Romero Rodrigues e Manoel Lemos, que falam sobre as razões pelas quais fazem terapia. As sessões acontecem no Cubo Itaú em São Paulo, das 14h às 18h.
LEIA MAIS: Tatiana Pimenta, da Vittude: “Saúde mental é crucial para inovação corporativa”
Agrofy fecha rodada série B
O marketplace de agronegócio Agrofy levantou uma rodada série B de US$ 23 milhões, liderada pela SP Ventures e com a participação de dois representantes do Vale do Silício, a Fall Line Capital e a Acre Capital, além da Brasil Agro. A maioria do investimento focará na expansão das operações brasileiras da empresa, que atua na América Latina intermediando a compra e venda de mais de 55 mil produtos e serviços de agro.
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Distrito terá evento sobre comunidades em São Paulo
Os diversos aspectos da gestão e desenvolvimento de comunidades na economia digital estarão em pauta no Community Summit, que acontece no hub de inovação Distrito Fintech, em São Paulo, em 25 de janeiro. Sessões discutindo tópicos como o desenvolvimento e fomento à comunidades pelo Brasil e como eventos fortalecem comunidades.
Os palestrantes serão gestores e representantes de comunidades brasileiras, como Rafaela Herrera, do Cubo Itaú; Dani Junco, fundadora da aceleradora de negócios de mães empreendedoras B2Mamy; Juliana Ewers, do OppC6; Diogo Correa, da Confraria do Empreendedor, e Mayara Barros, do Silicon Drinkabout. Os ingressos estão no quarto lote e custam R$ 139.
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C&A e Endeavor vão acelerar scale-ups
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Totvs lança campanha de TV para enfatizar expansão
A gigante brasileira de software de gestão Totvs lança hoje (16) uma campanha de TV para ressaltar suas ambições de crescimento para este ano. Segundo a empresa, a intenção da peça “A Totvs Acredita no Brasil Que Faz”, que será veiculada na rede aberta e por assinatura, tem a intenção de “desmistificar o jeitinho brasileiro” e mostrar a capacidade de perseverança de empresas brasileiras mesmo com as dificuldades, como ingrediente crucial para o sucesso.
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