Magic Johnson foi a estrela dos Los Angeles Lakers por 13 temporadas e ganhou diversos prêmios da NBA. Mas foi apenas em 1991, quando se aposentou das quadras de basquete, que ele revelou outro talento incomparável: o empreendedorismo.
Earvin Johnson Jr. palestrou na conferência anual Avaya Engage, em fevereiro, em Phoenix (Arizona). Lá, deu dicas de como empreender e contou como alcançou sua fortuna (em 2013 ele já havia sido considerado o quinto atleta aposentado mais valioso do mundo pela Forbes USA). Forbes Brasil estava lá e resume a aula do mestre.
“Percebi ainda jovem que minorias são os primeiros grupos a ir ao cinema, mas não existia nenhum cinema na nossa comunidade”, comentou, ao explicar como surgiu a ideia da rede de cinemas Magic Johnson Theatres – que se tornou uma das mais lucrativas dos EUA. Não demorou para ele perceber outra falha do mercado. “Minorias também gostam de café, você sabia?” A pergunta era endereçada a Howard Schultz, CEO do Starbucks na época. Ao descobrir o poder de compra que afro-americanos e latinos tinham, ele convenceu Schultz a levar a rede para cidades menores, mas sabia que adaptações seriam necessárias. “Claro que pagaríamos US$ 3 por um café, mas não estamos interessados nos scones [um tipo de doce folhado inglês]. Tirei os scones do meu Starbucks. No lugar, coloquei torta de nozes.”
Em 2010, vendeu as franquias do Starbucks e o time do Los Angeles Lakers. Com um bom dinheiro em caixa, decidiu comprar o time de beisebol Los Angeles Dodgers.
A trajetória para alcançar cifras bilionárias começou aos 13 anos, quando aceitou limpar um prédio de sete andares em três dias. Ao chegar ao sétimo andar, reparou na sala do CEO. Lá, o pequeno Johnson sentou na cadeira e imaginou como seria a vida de CEO. “Se você não sonhar, nunca vai se tornar o que quer. Cinquenta anos depois, adivinhem? Eu sou esse CEO.”
Veja, na galeria de fotos a seguir, Magic moments:
Reportagem publicada na edição 75, lançada em março de 2020