Fiorella revela que a veia de empreendedora estava com ela desde que decidiu seguir a carreira de modelo, quando, com apenas 14 anos, deixou a tranquila casa dos pais em Petrópolis (RJ), para se aventurar sozinha em São Paulo. “Vi uma oportunidade de escrever minha própria história ali, por inspiração própria.”
Assim, começou a analisar a situação de como seria abrir uma empresa similar no Brasil. Para que o negócio não se tornasse um plano B, Fiorella completa que foi necessário aprender mais. “Gosto de fazer as coisas de corpo e alma e me entregar 100% às coisas que estou fazendo. Estava pronta para me preparar e me empreitar nessa batalha” –e também encontrar uma equipe com pessoas que pudessem entender e complementar a visão da Gringa.
A abertura do escritório da startup foi em 9 de março, oito dias antes de ser decretada a primeira quarentena em São Paulo. “Todo mundo foi pra casa meio que sem entender o que estava acontecendo, mas eu sabia que tinha uma equipe muito comprometida. Não tínhamos nem CNPJ ou contas de banco, achamos que ia ser impossível.” O lançamento, porém, teve sucesso mesmo com a pandemia, em que a moda circular acabou se firmando como tendência.
Os últimos meses, conta ela, foram voltados a transformar a recém-lançada Gringa em uma empresa adequada, com uma plataforma boa e com um branding bem pensado. Fiorella conta que, neste tempo, a equipe também transformou o site em uma plataforma de leilão, para poder chamar audiência no lançamento e arrecadar fundos para ajudar famílias na pandemia.
“Nosso lema é ‘we handle all the process’ [nós lidamos com todo o processo]. Há três maneiras de se conectar com a gente, a nossa rede social, o Whatsapp (chamado Concierge Gringa, com essa ideia do faz tudo) e o site, 24 horas por dia.” A empreendedora conta que a empresa prioriza a experiência do consumidor, que não precisa mais, por exemplo, se preocupar em mandar fotos perfeitas do produto como em outros brechós e-commerce. A Gringa cuida de tudo: precificação média antes de o produto ser entregue, autenticação das marcas de luxo, higienização, sessão de fotos e venda, em que o cliente pode escolher ficar com créditos no site para uma compra ou receber o dinheiro.
“A Gringa tem como principal objetivo fomentar a economia circular. Mas também educar e mostrar possibilidades pras pessoas e reeducar os amantes da moda. Não há nada vergonhoso em usar algo usado”, Fiorella acrescenta. A empreendedora também reforça a mudança na indústria da moda que está passando por um processo de ressignificar o consumo (a moda atualmente é uma das indústrias mais poluente do mundo), e que a sustentabilidade já é embutida no processo de sua plataforma (que vende e compra sem produzir) e também com o uso de papéis recicláveis e com a promessa de se plantar mais árvores com isso.
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