Diamante rosa de 14,83 quilates levanta US$ 26,6 milhões e bate recorde mundial

17 de novembro de 2020
Sotheby's/Reprodução/Forbes

A gema foi criada a partir de um diamante bruto rosa claro de 27,85 quilates, descoberto há três anos na Rússia

“The Spirit of the Rose” ou “O Espírito da Rosa”, um diamante rosa-púrpura de 14,83 quilates, levantou um preço recorde em um leilão mundial para um diamante com essa rara combinação de cores, arrecadando mais de US$ 26,6 milhões.

Os lances para a joia de formato oval e sem falhas internas abriram em 18 milhões de francos suíços (US$ 19,7 milhões) e terminaran rapidamente, três lances, depois em 21 milhões de francos (US$ 22,9 milhões). O preço final pelo comprador foi de 24,4 milhões de francos suíços (US$ 26,6 milhões).

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A gema foi vendida pela Sotheby’s de Genebra, imediatamente após o leilão de Joias Magníficas e Nobres da casa, ambas no hotel Mandarin Oriental. No entanto, a sala de vendas não teve compradores devido a um novo conjunto de restrições governamentais contra a disseminação do coronavírus.

Havia muita expectativa pela venda do diamante e a estimativa mais alta foi de US$ 38 milhões. Mas durante a venda havia apenas dois licitantes, um que fez uma licitação ausente e outro que fez uma licitação por telefone. Este último, que pediu anonimato, ficou com a joia.

A gema foi criada a partir de um diamante bruto rosa claro de 27,85 quilates, descoberto há três anos na mina Ebelyakh na República de Sakha (Yakutia), no nordeste da Rússia, de propriedade da gigante mineradora russa Alrosa. É o maior diamante em bruto rosa já extraído no país. O bruto foi então cortado e polido por um ano nas instalações de corte da mineradora em Moscou e, em fevereiro de 2019, a joia foi finalizada e revelada.

O diamante foi batizado em homenagem ao famoso ballet russo, “Le Spectre de la rose” (“O Espírito da Rosa”, na tradução em português), encenado pela companhia Ballet Russes e produzido por Sergei Diaghilev. O espetáculo, que estreou em 19 de abril de 1911, no Théâtre de Monte-Carlo, teve apenas dez minutos de duração, mas contou com as dançarinas Tamara Karsavina e Vaslav Nijinsky, duas das maiores estrelas da época.

O leilão de 102 lotes teve uma taxa de venda por distribuidores de 85%. Havia preços altos para os diamantes brancos, com todas as onze joias em oferta encontrando compradores e dez delas vendidas acima das estimativas. Três diamantes brancos lideraram os ganhos.

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O lote com mais registros de venda foi um anel de platina com um diamante em forma de almofada impecável, de cor D e 18,03 quilates, com excelente polimento e simetria. É também um diamante do tipo IIa, o mais quimicamente puro. Ele arrecadou US$ 1,9 milhão, superando as estimativas. Além disso, outras joias foram um anel de platina com um diamante de lapidação em degraus VVS1, de cor D e 17,22 quilates, que superou as estimativas sob um preço de US$ 1,3 milhão, e um diamante de 102,41 quilates com cor marrom claro, gama de S a T e clareza VVS2, que custou US $ 1,2 milhão, também acima das estimativas.

Uma joia que não conseguiu ser vendida foi um colar de platina e diamantes colorido de Harry Winston. Ele é composto por uma linha de diamantes de lapidação variada de cores extravagantes, pesando de 0,78 a 1,30 quilates, alternados com diamantes de corte brilhante. Sua estimativa estava entre US$ 918 mil e US$ 1,5 milhão.

Um dos lotes mais intrigantes era o de uma esmeralda colombiana de cinco peças e parura de diamante, datada por volta do ano de 1770, com uma procedência bem documentada. Anteriormente, ela fazia parte da coleção do primeiro Marquês de Guirior (1708-1788), oficial da marinha espanhola e administrador colonial que serviu como vice-rei de Nova Granada e vice-rei do Peru. Ele arrecadou mais de US$ 1 milhão.

Sotheby's/Reprodução/Forbes

Esmeralda colombiana e diamante em forma de diamante, antiga propriedade do primeiro Marquês de Guirior

Outra peça com herança nobre que não foi vendido foi um colar de diamantes Art Déco da Cartier, datado de por volta de 1925. Anteriormente, a joia fazia parte da coleção de Henriette Hélène Porgès, a marquesa de la Ferté-Meun (1878-1946), filha de Jules Porgès, um pioneiro do diamante francês que fundou a Compagnie Française de Diamants du Cap de Bonne-Espérance, no final do século 19. A estimativa do colar era de US$ 400 mil a US$ 500 mil.

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