Assim como Bubba Wallace, único piloto negro da Nascar nos Estados Unidos, Hamilton está sozinho na F1. Vítima de racismo flagrante e institucional ao longo de sua carreira, ele levou as questões raciais a um público principalmente branco de espectadores. Falou sobre o assassinato de George Floyd e o “Black Lives Matter” quando ninguém mais em seu esporte ousou fazê-lo. Ao mesmo tempo em que lutava contra o preconceito sistêmico, o atleta alcançou a liderança nas corridas com seis títulos de campeão mundial. Hamilton se destacou e dedicou sua vida a um esporte e país que nem sempre o acolheu.
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O reconhecimento a Lewis Hamilton é importante porque eleva suas histórias e lutas para a escala global. É preciso conquistas além do esporte para provar como contribuições individuais podem apoiar algo maior. Honrarias como o título de Cavaleiro da Rainha indicam o que um país e uma sociedade valorizam no trabalho de pessoa e serve de inspiração do quão longe é possível ir, mesmo com imensos obstáculos institucionais. Em muitos casos, o esporte continua sendo um dos poucos sistemas meritocráticos em que os indivíduos são reconhecidos com base em seu talento, habilidade e trabalho árduo. Era esperado que alguém com seis títulos mundiais tivesse direito a um reconhecimento de tal proporção.
Hamilton não é apenas um dos melhores atletas de todos os tempos, mas teve que superar o racismo sistêmico para chegar onde está hoje. Ele não teve o privilégio de ser respeitado em todas as lugares por onde passou e, como muitos negros, sua experiência com o racismo raramente teria sido reconhecida ou compreendida. Hamilton conquistou um legado que vai inspirar a próxima geração de pilotos negros, além de ter iniciado uma comissão para melhorar a diversidade no esporte para garantir que isso aconteça.
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